domingo, 27 de janeiro de 2013

Há 46 anos, astronautas da Apollo 1 morriam presos em cápsula


A primeira missão do programa Apollo, idealizado pela Nasa com a finalidade de levar o homem à Lua, acabou em tragédia. Os três astronautas da missão - Gus Grissom, Edward White e Roger Chaffee - perderam a vida um mês antes do lançamento, em um teste no dia 27 de janeiro de 1967

A caminhada das missões Apollo rumo à Lua começou em 1967 com um passo em falso. Durante um teste de uma cápsula, três astronautas - Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee - morreram devido a um incêndio no equipamento, em 27 de janeiro daquele ano.
O teste ocorreria um mês antes do lançamento que estava programado. Contudo, uma falha deu início ao fogo e as portas da cápsula não se abriram para a saída dos astronautas, que ficaram presos. A primeira Apollo deveria orbitar a Terra por 14 dias para testar o equipamento que levaria o homem à Lua, inclusive o gigantesco foguete Saturn (no caso, o IB, irmão menor do V, que nos impulsionaria ao nosso satélite natural).

Curiosamente, a missão se chamou Apollo 1 apenas após a tragédia. George E. Mueller, administrador para Missões Tripuladas da Nasa na época, foi quem tomou a decisão em homenagem às vítimas. Ele determinou ainda que o próximo lançamento receberia o número 4 - curiosamente, nenhuma missão jamais foi nomeada Apollo 2 ou 3.

O Saturn IB foi testado apenas na Apollo 6 - com falhas no primeiro e terceiro estágios - e somente na missão seguinte é que ele levaria astronautas.

Além da Apollo 1, outras duas grandes tragédias marcaram a conquista espacial americana. A nave Challenger se desintegrou em 28 de janeiro de 1986, pouco mais de um minuto após seu lançamento no Centro Espacial Kennedy. Entre os sete tripulantes que morreram estava Christa McAuliffe, uma professora que fazia parte de um projeto da Nasa para levar a ciência aos estudantes.

A tragédia causou um grande impacto na sociedade americana, o que levou a Nasa a realizar uma revisão em todos os seus sistemas e procedimentos centrada na segurança. No entanto, em fevereiro de 2003, os Estados Unidos enfrentaram outra tragédia espacial, quando os sete tripulantes da nave Columbia morreram no momento em que entravam na atmosfera terrestre

FONTE: TERRA

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Telescópio registra supergigante próxima da Terra prestes a explodir

Série de seis a sete minutos de arco à esquerda da estrela representam material expelido de Betelgeuse enquanto evoluía para uma supergigante vermelha
Foto: ESA/Herschel/PACS/L. Decin et al / Divulgação

Os múltiplos arcos revelados na imagem que mostra Betelgeuse, a supergigante vermelha mais próxima da Terra, indicam que a estrela está se encaminhando para uma poderosa supernova - explosão que ocorre quando a vida de uma estrela massiva chega ao fim. A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) registrou o processo de destruição com o telescópio espacial Herschel e divulgou a imagem nesta terça-feira.
INFOGRÁFICO:

Betelgeuse, também chamada de Alfa Órion, é cerca de mil vezes maior que o Sol e tem um brilho aproximadamente 100 mil vezes mais forte. Localizada na constelação de Órion, pode ser vista a olho nu no céu noturno como uma estrela de cor vermelho-alaranjada à esquerda das chamadas Três Marias, que formam o cinturão da constelação de Órion. Betelgeuse marca o ombro direito do caçador.
A recém-divulgada imagem infravermelha mostra como os ventos da estrela estão colidindo contra o meio estelar em seu entorno, criando um choque em arco enquanto a supergigante se move pelo espaço à velocidade de aproximadamente 30 km/s. Uma série de arcos à frente da direção de deslocamento testemunha uma turbulenta história de perda de massa.
Supergigantes vermelhas como a Betelgeuse representam uma das últimas fases da vida de uma estrela de grande massa. Durante essa fase, de curta duração, a estrela aumenta de tamanho e expele as suas camadas exteriores para o espaço a uma taxa prodigiosa, emitindo enormes quantidades de material (correspondentes aproximadamente à massa do Sol) em apenas 10 mil anos - ou estimados 5 mil anos, no caso da Betelgeuse.

Fonte: Terra

Descoberta a maior estrutura do universo

Grupo de quasares tem dimensão de 4 bilhões de anos-luz, diz estudo. Descoberta desafia princípio cosmológico, afirmam cientistas internacionais.


O astrônomo Roger Clowes, da Universidade Central Lancashire em Preston (Inglaterra), e sua equipe de astrônomos encontraram um aglomerado de quasares que, além de bater o recorde de maior estrutura do universo, também abala as estruturas da astronomia moderna. Utilizando os dados do Levantamento Digital do Céu Sloan (Sloan Digital Sky Survey – SDSS), o mais completo mapa 3D que temos do universo, a equipe identificou um grupo de 73 quasares, estendendo-se por uma faixa 4 bilhões de anos-luz. Desde 1982 sabia-se que os quasares tendiam a se agrupar em grupos grandes (LQG, “large quasar groups”, na sigla em inglês). O primeiro LQG foi descoberto em 1982. O maior deles, com 630 Mpc (megaparsec) ou 2 bilhões de anos-luz, foi observado em 1991. Por um tempo, achava-se que o “1991 LQG” era o maior objeto do universo. No entanto, este novo grupo tem praticamente o dobro do tamanho, com 1240 Mpc de comprimento. Situado a 9 bilhões de anos-luz de distância, ele recebeu o nome de “Huge-LQG” (“enorme grupo grande de quasares”).

Modelo padrão abalado?

Quando Albert Einstein aplicou a Teoria da Relatividade pela primeira vez, precisou fazer algumas simplificações de pressupostos razoáveis que pareciam aplicar-se ao universo. Uma destas simplificações foi presumir que ao olhar para grandes fatias do universo, elas deveriam ser essencialmente parecidas, um princípio cosmológico chamado de isotropia, que até recentemente havia sido confirmado por observações.
Além disso, cálculos indicavam que os aglomerados mantidos unidos pela gravidade teriam um tamanho máximo, de cerca de 1,2 bilhões de anos-luz. A descoberta deste enorme grupo de quasares conectados gravitacionalmente parece desafiar o princípio cosmológico da isotropia e a compreensão que temos sobre como a gravidade mantém aglomerados gigantescos. Mas antes de repensar os modelos atuais padrões, são necessárias mais pesquisas e verificações.
Fonte: http://hypescience.com

domingo, 20 de janeiro de 2013

Cientistas encontram evidências de um antigo lago em Marte

Uma nave espacial norte-americana que orbita Marte encontrou evidências da existência de um antigo lago de cratera alimentado por águas subterrâneas, o que respalda as teorias de que o planeta vermelho pode ter abrigado vida. A informação foi divulgada pena NASA neste domingo. Informações obtidas pelo espectrômetro Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) mostram vestígios de carbonato e minerais de argila, geralmente formados na presença de água, na parte inferior da cratera McLaughlin, a 2,2 quilômetros de profundidade.
"Estas novas observações sugerem a formação de carbonatos e argila em um lago alimentado por águas subterrâneas na bacia fechada da cratera", informou a NASA sobre as descobertas, publicadas na edição online da revista Nature Geoscience.
"Algumas pesquisas propõem que o interior da cratera captura na água", disse a agência espacial norte-americana e acrescentou que "na zona subterrânea poderia ter havido ambientes úmidos e potenciais hábitat". "A cratera carece de canais de grande afluência, por isso, o lago era provavelmente alimentado por águas subterrâneas", disseram os cientistas.

Fonte: Terra
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sábado, 19 de janeiro de 2013

Telescópio registra nebulosa com formato de peixe-boi


Telescópio faz novo registro de curiosa nebulosa em forma de peixe-boi
Foto: NSF Karl G. Jansky Very Large Array (VLA), NRAO/AUI/NSF, K. Golap, M. Goss; Nasa Wide Field Survey Explorer (WISE)/Tracy Colson / Divulgação


A Fundação Nacional de Ciência (NSF, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou neste sábado uma nova imagem do observatório de radioastronomia Karl G. Jansky. O registro é da gigantesca nebulosa W50 - e chama a atenção na imagem o formato do objeto, que lembra um peixe-boi.
A nebulosa tem cerca de 20 mil anos e é o resultado de uma explosão de supernova. Essa enorme nuvem de gás tem cerca de 700 anos-luz de comprimento e ocupa dois graus do céu - se fosse visível a olho nu, ela equivaleria a quatro vezes a Lua Cheia. Ela fica na constelação de Aquila (ou Águia).
A W50 foi formada quando uma estrela explodiu como uma supernova, lançando suas vísceras ao redor e formando uma enorme bolha de gás. Hoje, essa nuvem se alimenta da matéria expelida por uma estrela companheira próxima. Essa matéria forma um disco antes de entrar na nebulosa. Este disco e poderosas linhas magnéticas formam uma espécie de ferrovia, que acaba por ejetar poderosos jatos que saem do sistema a uma velocidade próxima à da luz. Esse complexo sistema é conhecido pelos astrônomos como microquasar SS433.
Conhecida como W50 (já que foi o 50º objeto listado no catálogo do astrônomo holandês Gart Westerhout, de 1958), recebeu um novo apelido pela organização americana: Nebulosa Peixe-Boi.

Fonte: Terra

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sonda descobre restos de possível rio em solo marciano


Topografia da região mostra profundidade do canal principal (em azul) onde o rio teria corrido. A imagem apresenta um contraste com o terreno típico da formação geológica marciana, visível à direita
Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum) / Divulgação

Imagens de uma região em Marte com uma estrutura que lembra o curso de um rio foram divulgadas nesta quinta-feira pela sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês). Cientistas acreditam que o local - chamado Reull Vallis - foi formado quando água corrente fluiu por ali, em um passado distante no solo marciano. O possível rio cortou um canal através da formação montanhosa Promethei Terra antes de chegar à imensa Bacia de Impacto Hellas, no hemisfério sul do planeta.
A estrutura sinuosa se estende por quase 1,5 mil quilômetros e é flanqueada por inúmeros afluentes, um dos quais pode ser observado cortando o vale principal em direção ao norte. As imagens divulgadas hoje mostram ainda uma região do Reull Vallis onde o canal descoberto tem quase 7 quilômetros de largura e 300 metros de profundidade.
Acredita-se que a passagem de detritos e gelo durante o período Amazoniano (a época geológica mais recente de Marte) criou paisagens muito íngremes no Reull Vallis - o que também pode ter ocorrido devido ao fluxo glacial ao longo do canal. Essas estruturas, no entanto, foram formadas muito depois da possibilidade de água em estado líquido ter corrido pela região, o que os cientistas acreditam que ocorreu durante o período Hesperiano, que acabou entre 3,5 bilhões e 1,8 bilhão de anos atrás.

Fonte: Terra

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Luz vinda da escuridão


Esta nova imagem do ESO mostra uma nuvem escura, onde novas estrelas estão se formando, e um aglomerado de estrelas brilhantes que já saiu da sua maternidade estelar empoeirada. A imagem foi obtida com o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, situado no Observatório de La Silla, no Chile, e é uma das melhores imagens já obtidas no visível deste objeto pouco conhecido. No lado esquerdo desta nova imagem vemos uma coluna escura que parece uma nuvem de fumaça. À direita, brilha um pequeno grupo de estrelas brilhantes. À primeira vista, estes dois objetos não podiam ser mais diferentes, mas a verdade é que se encontram ligados entre si. A nuvem contém enormes quantidades de poeira cósmica e é uma maternidade onde novas estrela estão a nascer. É provável que o Sol se tenha formado numa região de formação estelar semelhante a esta, há mais de quatro bilhões de anos atrás.

A nuvem é conhecida como Lupus 3 e situa-se a cerca de 600 anos-luz de distância na constelação do Escorpião. A parte mostrada aqui tem uma dimensão de cerca de 5 anos-luz. À medida que as regiões mais densas destas nuvens se contraem sob o efeito da gravidade, aquecem e começam a brilhar. No início esta radiação encontra-se bloqueada pelas nuvens de poeira, e podem ser observadas apenas com telescópios que captam radiação com comprimento de onda maior que a luz visível, como o infravermelho. No entanto, à medida que as estrelas se vão tornando mais quentes e mais brilhantes, a intensa radiação que emitem, assim como os ventos estelares, limpam as nuvens à sua volta, até que finalmente aparecem em toda a sua glória.

As estrelas brilhantes à direita da imagem são o exemplo perfeito de um pequeno grupo dessas estrelas quentes jovens. Parte de sua radiação azul brilhante é espalhada pelos restos de poeira que permanecem em seu redor. As duas estrelas mais brilhantes são suficientemente brilhantes para poderem ser observadas através de um telescópio pequeno ou de binóculos. São estrelas jovens que ainda não começaram a brilhar por ação da fusão nuclear nos seus centros e que se encontram ainda envolvidas em gás brilhante. Têm, muito provavelmente, menos de um milhão de anos de idade. Embora menos óbvios, à primeira vista, do que as estrelas azuis brilhantes, vários rastreios encontraram muitos outros objetos jovens nesta região, uma das maternidades estelares deste gênero mais próxima do Sol.

As regiões de formação estelar podem ser enormes, tais como a Nebulosa da Tarântula (eso0650), onde centenas de estrelas de grande massa se estão a formar. No entanto, pensa-se que a maioria das estrelas da nossa Galáxia e de outras galáxias, se tenha formado em regiões muito mais modestas, como esta, onde apenas duas estrelas brilhantes são visíveis e não se formam estrelas de massa muito elevada. Por esta razão, a região Lupus 3 é, ao mesmo tempo, fascinante para os astrônomos e uma magnífica ilustração das fases iniciais da vida das estrelas.
Fonte: ESO

Um amontoado de estrelas exóticas

Nova fotografia VISTA do aglomerado estelar 47 Tucanae

Esta nova imagem infravermelha obtida pelo telescópio VISTA do ESO mostra o aglomerado globular 47 Tucanae com um detalhe espectacular. Este aglomerado contém milhões de estrelas, sendo que muitas das estrelas situadas no seu centro são exóticas, possuindo propriedades incomuns. Estudar objetos situados no interior de aglomerados como o 47 Tucanae pode ajudar-nos a compreender como é que estas estranhas “bolas” de estrelas se formam e interagem. Esta imagem é muito nítida e profunda devido ao tamanho, sensibilidade e localização do VISTA, o qual se encontra instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile. Os aglomerados globulares são nuvens esféricas e imensas de estrelas velhas ligadas entre si pela gravidade. Encontram-se a orbitar os núcleos das galáxias, tal como os satélites orbitam a Terra. Estes amontoados de estrelas contêm muito pouco gás e poeira - pensa-se que a maior parte deste material ou é lançado para fora do aglomerado através de ventos e explosões das estrelas, ou é arrancado pelo gás interestelar que interage com o aglomerado. O material restante coalesceu há bilhões de anos atrás, formando estrelas.

Estes aglomerados globulares são objetos que despertam o interesse dos astrônomos - 47 Tucanae, também conhecido por NGC 104, é um aglomerado globular enorme e muito antigo, a cerca de 15 mil anos-luz de distância da Terra e que é conhecido por possuir muitas estrelas e sistemas estranhos e interessantes. Situado na constelação austral do Tucano, o aglomerado 47 Tucanae orbita a nossa Via Láctea. Com cerca de 120 anos-luz de dimensão, é tão grande que, apesar da distância, nos aparece no céu tão grande como a Lua Cheia. Com um conteúdo de milhões de estrelas, é um dos aglomerados globulares mais brilhantes e de maior massa que se conhecem, podendo ser observado a olho nu. No meio da enorme massa de estrelas situada no seu centro, encontramos sistemas intrigantes tais como fontes de raios X, estrelas variáveis, estrelas vampiras, estrelas aparentemente "normais" mas inesperadamente brilhantes conhecidas como retardatárias azuis (eso1243), e pequeníssimos objetos chamadas pulsares de milissegundo, que são pequenas estrelas mortas que giram surpreendentemente depressa.

Gigantes vermelhas, estrelas que já gastaram o combustível no seu centro e que aumentaram o seu tamanho, encontram-se espalhadas pela imagem VISTA e são fáceis de detectar, brilhando com uma cor âmbar sobre um fundo de estrelas branco amarelado. O núcleo densamente populado contrasta com as regiões exteriores do aglomerado, mais esparsas. Como pano de fundo podemos ainda observar um grande número de estrelas da Pequena Nuvem de Magalhães.

Esta imagem foi obtida com o VISTA (sigla do inglês Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy) do ESO, no âmbito do rastreio da região das Nuvens de Magalhães, duas das galáxias mais próximas de nós. Embora o 47 Tucanae se encontre muito mais próximo da Terra do que as Nuvens, está por acaso situado em frente à Pequena Nuvem de Magalhães e foi por isso fotografado durante o rastreio. O VISTA é o maior telescópio do mundo dedicado exclusivamente a mapear o céu. Situado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, este telescópio infravermelho, com o seu espelho enorme, grande campo de visão e detectores muito sensíveis, está a dar-nos uma visão completamente diferente do céu austral. Usando uma combinação de imagens infravermelhas muito nítidas - tais como esta imagem VISTA - e observações feitas no visível, os astrônomos podem obter informações sobre o conteúdo e história de objetos como o 47 Tucanae com todo o detalhe.
Fonte: ESO

Estrela mais antiga, com 13,2 bilhões de anos, é observada


O telescópio Hubble, da Nasa, está em atividade há mais de 20 anos, mas continua proporcionando quebras de recordes na astronomia. Cientistas da Universidade da Pensilvânia (EUA) anunciaram que o título de estrela mais antiga do mundo pertence agora ao corpo celeste HD 140283, que aparenta ter 13,2 bilhões de anos de idade. Esta estrela, situada a 186 anos-luz da Terra, foi observada pela primeira vez há mais de cem anos, mas não se sabia ao certo a época de seu surgimento. Embora simples, o método para mensurar a idade de uma estrela só ganhou mais precisão recentemente. O que os astrônomos fazem, em linhas gerais, é avaliar o brilho da estrela em questão. A partir desta observação, pode-se determinar quanto hidrogênio já foi expelido pelo astro ao longo do tempo, o que dá uma ideia muito aproximada do seu tempo de existência.

Pouco depois do Big Bang

Se o cálculo dos cientistas americanos estiver correto, a HD 140283 nasceu menos de 600 milhões de anos depois do Big Bang. Os elementos que a compõem são hidrogênio e hélio (os mesmos do sol), que estão presentes na maior parte dos corpos celestes desde a formação das primeiras galáxias, segundo as teorias mais aceitas. Avaliada em 13,7 bilhões de anos, a explosão que teria dado origem ao universo formou uma primeira “geração” de estrelas, que acabariam explodindo e dando origem às mais antigas supernovas. Na segunda geração, ocorrida após estes eventos, se enquadra a HD 140283. Os cientistas têm boas razões para acreditar que este cálculo esteja bem próximo da realidade.
Fonte: Daily Mail / G1

Luz vinda da escuridão


Esta nova imagem do ESO mostra uma nuvem escura, onde novas estrelas estão se formando, e um aglomerado de estrelas brilhantes que já saiu da sua maternidade estelar empoeirada. A imagem foi obtida com o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, situado no Observatório de La Silla, no Chile, e é uma das melhores imagens já obtidas no visível deste objeto pouco conhecido. No lado esquerdo desta nova imagem vemos uma coluna escura que parece uma nuvem de fumaça. À direita, brilha um pequeno grupo de estrelas brilhantes. À primeira vista, estes dois objetos não podiam ser mais diferentes, mas a verdade é que se encontram ligados entre si. A nuvem contém enormes quantidades de poeira cósmica e é uma maternidade onde novas estrela estão a nascer. É provável que o Sol se tenha formado numa região de formação estelar semelhante a esta, há mais de quatro bilhões de anos atrás.

A nuvem é conhecida como Lupus 3 e situa-se a cerca de 600 anos-luz de distância na constelação do Escorpião. A parte mostrada aqui tem uma dimensão de cerca de 5 anos-luz. À medida que as regiões mais densas destas nuvens se contraem sob o efeito da gravidade, aquecem e começam a brilhar. No início esta radiação encontra-se bloqueada pelas nuvens de poeira, e podem ser observadas apenas com telescópios que captam radiação com comprimento de onda maior que a luz visível, como o infravermelho. No entanto, à medida que as estrelas se vão tornando mais quentes e mais brilhantes, a intensa radiação que emitem, assim como os ventos estelares, limpam as nuvens à sua volta, até que finalmente aparecem em toda a sua glória.

As estrelas brilhantes à direita da imagem são o exemplo perfeito de um pequeno grupo dessas estrelas quentes jovens. Parte de sua radiação azul brilhante é espalhada pelos restos de poeira que permanecem em seu redor. As duas estrelas mais brilhantes são suficientemente brilhantes para poderem ser observadas através de um telescópio pequeno ou de binóculos. São estrelas jovens que ainda não começaram a brilhar por ação da fusão nuclear nos seus centros e que se encontram ainda envolvidas em gás brilhante. Têm, muito provavelmente, menos de um milhão de anos de idade. Embora menos óbvios, à primeira vista, do que as estrelas azuis brilhantes, vários rastreios encontraram muitos outros objetos jovens nesta região, uma das maternidades estelares deste gênero mais próxima do Sol.

As regiões de formação estelar podem ser enormes, tais como a Nebulosa da Tarântula (eso0650), onde centenas de estrelas de grande massa se estão a formar. No entanto, pensa-se que a maioria das estrelas da nossa Galáxia e de outras galáxias, se tenha formado em regiões muito mais modestas, como esta, onde apenas duas estrelas brilhantes são visíveis e não se formam estrelas de massa muito elevada. Por esta razão, a região Lupus 3 é, ao mesmo tempo, fascinante para os astrônomos e uma magnífica ilustração das fases iniciais da vida das estrelas.
Fonte: ESO

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Série de erupções solares pode causar auroras na Terra

Sequência de imagens mostra erupções registradas pela Nasa no último domingo
Foto: Nasa / Divulgação


Uma erupção no Sol que pode causar o fenômeno conhecido como tempestade geomagnética foi direcionada à Terra e registrada pela Nasa - a agência espacial americana - no último domingo. O distúrbio espacial ocorre quando as erupções solares atingem o campo magnético do planeta por muito tempo e pode causar auroras nas proximidades dos Polos. No passado, sistemas elétricos foram afetados e instrumentos de navegação sofreram interferência devido a fenômenos semelhantes.

A Nasa garante que é improvável que essa ejeção de massa coronal (CME, na sigla em inglês) tenha velocidade suficiente para causar fortes tempestades geomagnéticas na Terra. O fenômeno é capaz de enviar partículas solares ao espaço e atingir a Terra de um a três dias mais tarde. A erupção atual saiu do Sol com velocidade aproximada de 275 milhas por segundo - número considerado típico nesse tipo de erupção. As erupções solares mais rápidas atingem até dez vezes a velocidade da atual.
A ejeção de massa coronal difere das erupções solares, que não podem atravessar a atmosfera terrestre e afetar humanos fisicamente, mas - quando estas são muito intensas - podem perturbar a camada atmosférica em que meios de comunicações e estações elétricas funcionam. O fenômeno atual causou apenas fracas interferências, e seus efeitos já passaram.

Fonte: Terra

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Astrônomos descobrem cinturão de Asteroides em torno de Vega

Descoberta sugere existência de planetas orbitando ao redor da estrela. Cinturão foi detectado pelos telescópios Spitzer e Herschel.

Ilustração mostrsa anéis de fragmentos de rochas ao redor de Vegas (Foto: Divulgação/Nasa)

Astrônomos detectaram evidências da existência de um cinturão de asteroides ao redor da estrela Vega – a segunda estrela mais brilhante no céu noturno do norte. Os cientistas utilizaram dados do Telescópio Spitzer, da Nasa, e do Telescópio Herschel, da Agência Espacial Europeia.

A descoberta de um cinturão de asteroides torna a estrela semelhante a outra, chamada Fomalhaut. Os dados são consistentes quanto ao fato de as duas estrelas terem no interior de seus sistemas cinturões quentes e, no exterior, cinturões frios, separados por um espaço. Esta estrutura é semelhante à do nosso próprio sistema solar.

Mas, o que está mantendo o espaço entre os cinturões quentes e frios em torno de Vega e Fomalhaut? Os resultados dos estudos sugerem que ele é sustentado por vários planetas.

O cinturão de asteroides do nosso sistema solar, que fica entre Marte e Júpiter, é mantido pela gravidade dos planetas terrestres (aqueles formados principalmente por rochas e metais) e por planetas gigantes (compostos majoritariamente de gás). O mesmo acontece com o Cinturão de Kuiper, que é sustentado por planetas gigantes.

“Nossas descobertas recentes mostram que sistemas com múltiplos planetas são comuns, para além do nosso sistema solar”, afirmou Kate Su, astrônoma do Observatório da Universidade do Arizona.
Tanto os cinturões internos quanto os externos de Vega e Fomalhaut contêm mais asteroides do que os cinturões do nosso Sistema Solar. Isso acontece por duas razões. A primeira delas é que ambas as estrelas são muito mais jovens do que a nossa, e elas ainda terão dezenas de milhões de anos a mais para “limpar a casa”. Além disso, ambos os sistemas foram formados por uma nuvem de gás e poeira mais sólida do que aquela que formou nosso Sistema Solar.

O espaço entre os cinturões interno e externo para Vega e Fomalhaut também corresponde à distância entre o nosso cinturão de asteroides e o Cinturão de Kuiper. Pela largura, é bastante provável que existam vários planetas, do tamanho de Júpiter ou menores, criando uma zona livre de poeira entre os dois cinturões.

Para os astrônomos da Nasa, esses planetas não permanecerão escondidos por muito tempo. Eles acreditam que, em breve, os corpos celestes serão descobertos pelos telescópios.

Fonte: Globo

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O quanto significamos para o Universo?



Quando viajamos de cidade em cidade percebemos o quanto o nosso estado é grande e ficamos impressionados com a quantidade de detalhes que estão bem diante de nossos olhos, porém sabemos que aquela cidade faz parte de um estado, o estado de um país, um país de um continente e os continentes do nosso planeta.. E quando pensamos mais além ficamos chocados ao saber que o planeta onde vivemos faz parte de um Sistema Solar composto por outros planetas(alguns deles até maior do que o nosso)e outros corpos celeste, como estrelas, asteroides, meteoroides e cometas. O nosso Sistema Solar é um entre "milhões" na nossa Gálaxia - Via-Láctea- E digo mais, isso não é aponta da agulha do quanto grandioso é o nosso Universo. Mas, isso tudo nos faz chegar ao seguinte questionamento: O quanto significamos para o Universo?

Quando assistir esse vídeo a sua resposta será em mediato:



Resposta: - Somos insignificantes.

Com certeza chegou no seguinte pensamento:
"Você é uma pessoa entre 7 bilhões de pessoas.
Em um planeta entre 8 planetas.
Em um sistema solar entre 100 bilhões de sistemas solares.
Em uma galáxia entre 100 bilhões de galáxias.
E você é enormemente insignificante."- Via: A vida, o Universo e tudo mais

Mas, será?

Se pensamos mais um pouco mostrarei o quanto está erroneamente enganado.

"Entre 100 bilhões de galáxias,
Existindo entre 100 bilhões de sistemas solares,
Entre 7 bilhões de pessoas,
Você possui o seu próprio código genético.
Sua impressão digital é só sua.
Você pode criar arte.
E escrever músicas.
E conviver com pessoas que amam você." - Via: A vida, o Universo e tudo mais

Está vendo o quanto você é único?!
Não se engane, você é enormemente significante, nós somos enormemente significantes.
O planeta Terra é o único planeta(por enquanto) que conhecemos que abriga vida e isso não é insignificante, é simplesmente maravilhoso! É um sentimento único, uma honra por saber que entre bilhões de Planetas nesse Universo, eu estou aqui, você está aqui nesse pequeno e esplêndido planeta fazendo algo que apenas nós seres humanos somos privilégiados de fazer: VIVER.

Escrito por mim: JOYCE SOUZA, vídeo e foto retirados da internet, aqueles que se identificarem como autores fica os créditos.

Descoberta 'triplica' número de exocometas conhecidos

Projeção artística feita pela Nasa mostra cometas fora do Sistema Solar
Foto: BBC Brasil

A descoberta de um novo grupo de cometas que orbitam estrelas distantes, anunciada na reunião semestral da Sociedade Astronômica Americana, quase triplica o número desses corpos celestes conhecidos. O primeiro chamado "exocometa" foi descoberto em 1987, mas desde então apenas mais três haviam sido encontrados.
Mas no encontro realizado nesta semana na Califórnia, o astrônomo americano Barry Welsh deu detalhes sobre mais sete desses cometas. A possibilidade de provar que os cometas são comuns no universo tem implicações sobre seu possível papel de levar água ou até mesmo partículas que podem gerar vida aos planetas.

Corpos celestes como o Cometa Halley, que faz um caminho longo e elíptico, passando perto do Sol a cada 75 anos, são conhecidos pelas longas "caudas" de gás e detritos que aparecem quando eles se aproximam de suas estrelas hospedeiras. Foram essas caudas que Welsh e sua colaboradora Sharon Montgomery mediram, usando imagens do observatório McDonald, no Texas.

As caudas dos exocometas absorvem uma pequena fração da luz de suas estrelas hospedeiras - e a absorção muda com o tempo, conforme os cometas aceleram ou desaceleram. Com uma observação paciente, a dupla verificou a existência de sete novos cometas de fora do Sistema Solar.
'Sobras'
No nosso Sistema Solar, muitos cometas vêm do cinturão de Kuiper, um disco de detritos localizado além da órbita de Netuno, e da nuvem de Oort, um disco de detritos ainda maior e mais distante. Welsh explicou que esses discos são "sobras" características da formação de planetas.

"Imagine um 'canteiro de obras cósmico' onde a construção já terminou - os planetas", disse ele à BBC. "Estamos olhando o que sobrou - os tijolos, o concreto, os pregos - os discos de detritos têm cometas, planetesimais (pequenos corpos celestes gerados com a aglutinação de poeira cósmica) e asteroides", explica.
Mas algo precisa perturbar a órbita dos cometas para colocá-los na direção de sua estrela hospedeira. Apesar de colisões entre cometas serem capazes disso, acredita-se que a gravidade dos planetas próximos fazem esse trabalho. De fato, em 1987, quando o primeiro exocometa foi observado em torno da estrela Beta Pictoris, surgiu a hipótese de que um planeta podia ser responsável por sua órbita, e em 2009 um planeta gigante foi encontrado por lá.

Construção de planetas

Nos últimos anos tem havido um foco maior sobre os exoplanetas (planetas de fora do Sistema Solar), com o anúncio na segunda-feira de 461 novos candidatos a serem reconhecidos como planetas e a possibilidade da existência de bilhões desses planetas com tamanho semelhante à Terra.

O novo estudo ajuda a esclarecer a relação entre esses planetas e os discos de detritos de seus locais de origem. Isso pode ajudar também a compreensão da formação do nosso próprio Sistema Solar.
"Parece que o processo de construção de planetas é muito semelhante em muitos casos, e para provar isso você precisa olhar não somente o produto final, mas também as coisas das quais eles são feitos", observa Welsh. A descoberta de mais e mais cometas também aumenta a possibilidade de que cometas tenham um papel importante no transporte de materiais.

"Há duas teorias: uma é de que os cometas antigos no nosso Sistema Solar levaram gelo aos planetas e que esse gelo derreteu e formou os oceanos", relata Welsh. "A outra, talvez um pouco mais rebuscada, é que as moléculas orgânicas nos cometas eram as sementes da vida nos planetas. E se os cometas são tão comuns em todos os sistemas planetários, então talvez a vida também seja", diz.

Fonte: Terra

Asteroide Apophis se aproxima esta quarta-feira da Terra sem trazer riscos

O asteroide Apophis, que deve passar raspando pela Terra em 2029 e poderá, eventualmente, atingi-la em 2036, se aproximará do planeta esta quarta-feira a 14,4 milhões de km de distância, informaram astrônomos. Em um primeiro momento, os cientistas avaliaram em uma em 45, ou seja 2,7%, as possibilidades de uma colisão catastrófica com a Terra em 2029 deste corpo celeste descoberto em 2004 com 270 m de diâmetro, o equivalente ao tamanho de três campos de futebol.
No entanto, novos cálculos feitos em 2009 pela Nasa após um sobrevoo perto de Apophis, cujo nome é inspirado em um demônio da mitologia egípcia, pareceu desmentir este risco, prognosticando sua passagem para 13 de abril de 2009 a 22.208 km da Terra. Trata-se da menor distância já observada em tempos modernos.
A probabilidade de que bata na Terra em 2036 é de uma em 250.000, segundo novos cálculos de Steve Chesley e Paul Chodas, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena (Califórnia), baseados em novas técnicas de análises de dados. Uma estimativa anterior mencionava uma chance em 45.000.
A maior parte dos novos dados que permitiram recalcular a órbita do Apophis provêm das observações efetuadas pelo astrônomo Davi Tholen e sua equipe do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí.
Esta quarta-feira será possível ver Apophis em tempo real pela página Slooh.com a partir da 0h de quinta-feira, acompanhado dos comentários e das respostas às perguntas do público por parte do presidente do Slooh, Patrick Paolucci. O Slooh possui telescópios nas Ilhas Canárias (Espanha) para fazer estas observações.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Brasil participará da construção de observatório com 28 países

Um esforço que envolve 28 países, mil pesquisadores e pretende construir até 2015 o maior observatório do mundo para raios gama terá participação de cientistas que atuam no Brasil. Farão parte da criação do Cherenkov estudiosos das universidades de São Paulo (USP), Federal de São Carlos (UFSCar), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). As informações são da Agência Fapesp.
O observatório Cherenkov contará com 100 telescópios nos dois hemisférios. No Sul, Chile, Argentina e Namíbia são candidatos a receber os equipamentos. Na outra metade do planeta, Estados Unidos e a Espanha estão na disputa, que deve acabar até o fim do ano. O Brasil ficou fora da disputa por não ter nenhuma região que atenda aos requisitos - céu e atmosfera limpos durante o ano, sem contaminação de luz e altitude de pelo menos 2 mil m.
Os telescópios atuarão em conjunto para observar corpos que emitem radiação gama - como remanescentes de supernovas, galáxias com núcleo ativo e quasares. "O único observatório de astronomia gama em funcionamento hoje - o Observatório Hess, instalado na Namíbia - possui cinco telescópios operando em conjunto. O CTA (sigla em inglês para Grupo de Telescópios Cherenkov) será capaz de medir a radiação gama produzida durante fenômenos astrofísicos com sensibilidade 10 vezes maior”, diz Luiz Vitor de Souza Filho, professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP.
Além de ter acesso aos dados do observatório, os cientistas brasileiros vão participar da criação dos instrumentos usados no telescópio. Um dos projetos é desenvolver o revestimento dos espelhos que recobrirão os telescópios, que devem refletir a luz e proteger o equipamento.
Na USP, os cientistas estudam técnicas de aluminização e deposição de superfície refletora e protetora para que o revestimento dos espelhos aguente as intempéries (já que fica exposto) e não se solte do vidro. “Os espelhos não precisarão ser tão precisos quanto os dos telescópios ópticos instalados nos observatórios no Chile operados pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), mas terão que durar muito mais tempo”, diz Souza Filho.
Outro projeto com participação brasileira é o desenvolvimento das estruturas metálicas de sustentação dos telescópios. Elas terão cerca de 16 m de comprimento e deverão suportar equipamentos de 2,5 t que devem ser envergar no máximo 20 mm para não prejudicar a observação. “Já tínhamos know how na construção desse tipo de instrumentação por conta do desenvolvimento de tecnologias muito parecidas com essas que projetamos para o observatório Pierre Auger, na Argentina”, disse Souza Filho.
Uma das vantagens do observatório será a união da astronomia com a física de partículas em um mesmo experimento. Os cientistas poderão estudar de buracos negros e regiões formadoras de estrelas à quebra de variância de Lorentz - um teste bem específico ligado à Relatividade. “Por meio do observatório, será possível realizar o teste mais restrito da relatividade que já foi feito até hoje em longas distâncias e em longas escalas”, estimou Souza Filho.
“O escopo científico do novo observatório é impressionante e tem uma vertente dupla. Ao mesmo tempo que possibilitará estudar questões mais importantes para a astrofísica, o experimento também deverá ampliar o conhecimento na física de partículas elementares”, avaliou Souza Filho.

Fonte: Terra

Telescópio de raios-X revela imagem inédita de buracos negros

Uma das imagens (esq.) mostra dois buracos negros na galáxia espiral IC 342; a outra detalha os restos da supernova de Cassiopeia A
Foto: BBC Brasil

O observatório espacial de raios-X de mais alta energia já lançado começou a compartilhar sua visão única do cosmos. Duas imagens feitas pelo NuSTAR, lançado em junho de 2012, foram divulgadas por pesquisadores durante a reunião semestral da Sociedade Astronômica Americana, na Califórnia. Uma delas detalha os restos da supernova de Cassiopeia A, e a outra mostra uma nova visão de dois buracos negros na galáxia espiral IC 342.
A missão NuSTAR tem como objetivo captar raios com energia mais alta do que os telescópios espaciais Chandra, dos Estados Unidos, e o europeu XMM-Newton, ambos lançados em 1999.
A equipe de pesquisadores do NuSTAR, liderados pela astrônoma Fiona Harrison, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, divulgou as imagens como uma demonstração prévia da capacidade do observatório. "Essas imagens têm uma combinação de nitidez e sensibilidade que é de várias ordens de magnitude melhor do que jamais foi conseguido nessa região do espectro eletromagnético", afirmou Harrison.
Segundo ela, os pesquisadores ainda estão se acostumando com a arquitetura própria do telescópio, que tem seus equipamentos óticos de raios-X em um braço flexível a cerca de 10 metros do detector. O observatório tem uma órbita de 90 minutos ao redor da Terra.
"Estamos aprendendo como apontá-lo, e estamos lidando com o fato de que, conforme contornamos a Terra, entramos e saímos da sombra", afirma. "O braço se move e temos um sistema de metrologia complicado que remonta todas as imagens para formar as imagens nítidas", diz.
A imagem da Cassiopeia A, localizada a 11 mil anos-luz de distância da Terra, mostra um anel de raios-X de alta energia em torno dos dados existentes em comprimentos de onda visíveis ao olho humano, e dos raios-X de baixa energia captados pelo Chandra.
A outra imagem, dos dois buracos negros inicialmente detectados pelo Chandra, são extraordinariamente vivos em raios-X de alta energia captados pelo NuSTAR.
Eles aparecem muito mais claramente do que buracos negros de tamanhos semelhantes - provendo o primeiro dos muitos mistérios que a equipe do NuSTAR espera revelar e resolver.

Fonte: Terra

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Telescópio Kepler encontra 461 potenciais novos planetas

O telescópio espacial Kepler, da Nasa, descobriu outros 461 potenciais novos planetas, a maioria do tamanho da Terra ou um pouco maior, disseram cientistas nesta segunda-feira. O anúncio eleva a contagem do Kepler para 2.740 candidatos a novos mundos, 105 dos quais foram confirmados.

"Dois anos atrás nós tínhamos cerca de 1,2 mil planetas candidatos. Um ano depois, acrescentamos um número significativo de novos objetos e vimos a tendência de um elevado número de planetas muito pequenos... duas vezes o tamanho da Terra ou maior", disse o astrônomo do Kepler, Christopher Burke, em entrevista coletiva transmitida da Sociedade Astronômica Americana em Long Beach, na Califórnia.
Com o acréscimo de 461 novos candidatos a planeta, coletados em mais de 22 meses de observações do telescópio Kepler, a proliferação de pequenos planetas continua. Os novos alvos incluem o que parece ser um planeta cerca de 1,5 vezes maior do que a Terra circulando sua estrela parecida com o Sol em uma órbita de 242 dias, uma distância onde água líquida, que se acredita ser necessário para a vida, poderia existir em sua superfície.

Em pesquisa semelhante, astrônomos determinaram que cerca de uma em cada seis estrelas parecidas com o Sol tem planetas do tamanho da Terra circulando suas estrelas mais perto do que a órbita de 88 dias de Mercúrio em torno do Sol.
O objetivo da missão Kepler, que começou em 2009, é determinar quantas estrelas na galáxia Via Láctea têm planetas do tamanho da Terra em órbita nas chamadas zonas habitáveis, onde água pode existir em suas superfícies.

Fonte: Terra

Estudo: pesquisadores identificam sistemas planetários "perigosos"

Sistemas com duas estrelas não teriam muita calmaria, segundo estudo
Foto: Nasa/JPL-Caltech/T. Pyle / Divulgação

Estudo de pesquisadores das universidades Northwestern (EUA), Queen, de Toronto (ambas do Canadá) e de Bordeaux (França) indica que planetas em sistemas binários (com duas estrelas) podem não ter uma vida muito tranquila. Segundo simulações feitas em computador, quando as estrelas estão muito distantes uma da outra, o sistema pode passar por eventos perigosos e planetas podem ser até ejetados para o espaço interestelar. A pesquisa foi divulgada neste domingo e será publicada na revista científica Nature.
O time conduziu 3 mil simulações para entender como um sistema binário se comporta. Eles testaram desde estrelas que ficavam muito próximas até aquelas que estavam bem distantes uma da outra (a mais de 1 mil unidades astronômicas - a distância da Terra ao Sol). Em certo momento, eles adicionaram uma estrela companheira longínqua ao Sol. Em quase metade das simulações, pelo menos um dos quatro gigantes gasosos (Júpiter , Saturno, Urano e Netuno) era jogado para fora do Sistema Solar.
Ao contrário do nosso, muitos sistemas planetários têm duas estrelas que orbitam uma à outra (alguns inclusive têm mais estrelas). "A órbita estelar de binárias distantes é muito sensível aos distúrbios de outras estrelas passageiras assim como à força de maré (gravitacional) da Via Láctea", diz Nathan Kaib, pesquisador da Universidade Northwestern.
Essas influências externas podem fazer com que de tempos em tempos a excentricidade das duas estrelas (o "formato" da órbita - quanto menos excêntrica, mais oval ela é) mude e isso pode afetar os planetas do sistema. O resultado pode ser danos e até mesmo a "expulsão" de um destes corpos.
"Se uma binária distante sobreviver por um longo tempo, ela vai ter uma órbita altamente excêntrica em algum momento", diz o pesquisador. Quando isso ocorre, as duas estrelas vão ter encontros bem próximos durante suas órbitas, mas também terão momentos de grande distância. Isso pode ter efeitos poderosos nos planetas, já que de tempos em tempos eles terão uma estrela passando bem perto.
Contudo, todo esse processo pode levar milhões de anos - por vezes até bilhões - de anos. "Consequentemente, os planetas nesses sistemas inicialmente formam e evoluem como se tivessem apenas uma estrela", diz o cientista. "É apenas muito depois que eles começam a sentir o efeito da estrela companheira, que muitas vezes leva ao desmembramento do sistema planetário."
Ao analisar os planetas que vivem nesse tipo de sistema, eles descobriram que eles costumam ter órbitas bem irregulares. Os cientistas acreditam que eles são os sobreviventes das grandes instabilidades causadas pelas estrelas. "As órbitas planetárias excêntricas vistas nestes sistemas são essencialmente cicatrizes de rupturas do passado causadas por uma estrela companheira", diz Sean N. Raymond, professor da Universidade de Bordeaux e um dos autores do estudo.

Fonte: Terra

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Estrutura surpresa panqueca Galáxia de Andrômeda derruba entendimento galáctico

Os astrônomos foram surpreendidos ao encontrar um grupo de galáxias anãs que se movem em uníssono nas imediações da Galáxia de Andrômeda.
Por WM Keck Observatory, Kamuela, Havaí - Publicado em: 04 de janeiro de 2013

Este composto mostra o alinhamento das galáxias satélites de Andrômeda em relação à visão de que nós vemos da Terra (o painel superior esquerdo mostra uma imagem de cores verdadeiras do centro da Galáxia de Andrômeda tomada com o Telescópio CFH). Novas medidas de distância permite-nos verificar as posições 3-D das galáxias satélites, que, juntamente com novas medidas de velocidade, revelam sua verdadeira natureza como parte de uma gigantesca estrutura de rotação (vista lateral: Painel inferior esquerdo; vista frontal: painel superior direito) . / / Crédito: R. Ibata (equipe pandas)

Astrônomos usando o Canadá-França-Havaí e telescópios Observatório WM Keck no cume do Mauna Kea, no Havaí, foram surpreendidos ao encontrar um grupo de galáxias anãs que se movem em uníssono nas imediações da Galáxia de Andrômeda. A estrutura dessas pequenas galáxias está em um avião, análoga à dos planetas do sistema solar. Inesperadamente, que orbitam o muito maior Galáxia de Andrômeda em massa, apresentando um sério desafio para as nossas ideias para a formação e evolução das galáxias. Embora os astrónomos persas foram os primeiros a catalogar a Galáxia de Andrômeda, foi apenas nos últimos cinco anos que os cientistas ter estudado em detalhes os subúrbios mais distantes da galáxia de Andrômeda, através do Levantamento Arqueológico Pan-Andrômeda (pandas), realizada com o Telescópio Canadá-França-Havaí e medido com o Observatório Keck, fornecendo nossa primeira visão panorâmica do nosso companheiro mais próximo grande o cosmos. culmina O estudo de muitos anos de esforço por uma equipe internacional de cientistas que descobriram um grande número de galáxias satélites, desenvolveram novas técnicas para medir suas distâncias, e usaram o Observatório Keck com os colegas para medir suas velocidades radiais, ou Doppler desloca - a velocidade da galáxia em relação ao sol. Enquanto trabalhos anteriores haviam sugerido a existência desta estrutura, o novo estudo demonstrou a sua existência a um alto nível de confiança estatística -. 99,998 por cento O estudo revela quase 30 galáxias anãs que orbitam a maior galáxia de Andrômeda neste regular, sistema solar semelhante avião.

Expectativas dos astrónomos eram de que estas galáxias menores deve ser movimentado em torno aleatoriamente como abelhas em torno de uma colméia. "Isso foi completamente inesperado", disse Geraint Lewis, da Universidade de Sydney. "A chance de isso acontecer aleatoriamente é quase nada." O fato de que os astrônomos agora ver que a maioria destes sistemas pequenos, de facto, se esforçam para mapear um imensamente grande - cerca de 1 milhão de anos-luz de diâmetro - mas a estrutura extremamente achatada implica que esse entendimento é totalmente incorreta. Ou algo sobre como essas galáxias se formaram ou posteriormente evoluiu deve tê-los levado para traçar esta estrutura peculiar coerente. "Nós sabemos de um número de galáxias que sofreram uma colisão, causando algumas de suas estrelas para ser expulso grandes distâncias, em folhas e caudas. No entanto, é improvável que esse tipo de evento, explica o que estamos observando ", disse R. Michael Rich, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Enquanto galáxias anãs não são enormes, são o tipo de galáxia mais numerosos no universo. Compreender esta assembléia, sem dúvida, lançar uma nova visão sobre a formação das galáxias em todas as missas. Durante várias décadas, os astrônomos usaram modelos de computador para prever como galáxias anãs deve orbitar grandes galáxias, e cada vez que eles descobriram que os anões devem ser espalhados aleatoriamente sobre o céu . Alimentado por supercomputadores, estes esforços resultaram em simulações de crescente fidelidade. Nenhum desses universos criados por computador têm gerado anões dispostos em um plano rotativo, como observado em Andrômeda. "É muito emocionante para o meu trabalho para revelar essa estrutura estranho", disse Anthony Conn da Macquarie University, cuja pesquisa mostrou chave para este estudo. "Ele nos deixou coçando a cabeça sobre o que isso significa." Houve alegações semelhantes para um plano amplo de galáxias anãs sobre a nossa galáxia, a Via Láctea, com alguns afirmando que a existência de tais pontos estranhas estruturas para uma falha em nosso entendimento da natureza fundamental do universo. "Nós ainda não sabemos onde isto está a apontar-nos", disse Rodrigo Ibata do Observatório Astronómico de Estrasburgo. "Ela voa em face de nossas idéias sobre a formação das galáxias, mas certamente é muito emocionante."

Fonte: http://www.astronomy.com

Há pelo menos 100 bilhões de planetas que povoam a nossa gálaxia

Olhe para o céu à noite e você verá estrelas, com certeza. Mas você também está vendo planetas-bilhões e bilhões deles. Pelo menos.
Na foto, as Plêiades. Crédito Nasa.

Essa é a conclusão de um novo estudo realizado por astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), que fornece ainda mais provas de que os sistemas planetários são a norma cósmica. A equipe fez a sua estimativa ao analisar planetas que orbitam uma estrela chamada Kepler-32-planetas que sejam representativos, dizem, da grande maioria da galáxia e, assim, servir como um estudo de caso perfeito para entender como forma mais planetas.

"Há pelo menos 100 bilhões de planetas na galáxia-apenas a nossa galáxia", diz John Johnson, professor assistente de astronomia planetária no Caltech e co-autor do estudo, que foi recentemente aceito para publicação no Astrophysical Journal. "Isso é incompreensível."

"É um número impressionante, se você pensar sobre isso", acrescenta Jonathan Swift, um pós-doutorado no Caltech e principal autor do artigo. "Basicamente, há um desses planetas por estrela."

O sistema planetário em questão, que foi detectado pelo telescópio espacial Kepler, contém cinco planetas. A existência de dois desses planetas já foram confirmados por outros astrônomos. A equipe Caltech confirmou os três restantes, em seguida, analisados o sistema de cinco planetas eo comparou com outros sistemas encontrados pela missão Kepler.


Astrônomos da Caltech estimam que a Via Láctea contém pelo menos 100 bilhões de planetas. Crédito: NASA; ESA; Z. Levay e R. van der Marel, STScI; T. Hallas, e A. Mellinger
Os planetas orbitam uma estrela que é um M-anão um tipo que responde por cerca de três quartos de todas as estrelas da Via Láctea. Os cinco planetas, que são semelhantes em tamanho à Terra e órbita próxima de sua estrela, também são típicos da classe de planetas que o telescópio descobriu orbitando estrelas anãs M outros, Swift diz. Portanto, a maioria dos planetas na galáxia provavelmente têm características comparáveis às dos cinco planetas.

Embora este sistema em particular pode não ser único, o que o diferencia é a sua orientação coincidência: as órbitas dos planetas se encontram em um avião que está posicionada de tal forma que Kepler vê o sistema de lado. Devido a esta orientação raro, cada planeta bloqueia Kepler-32 da luz das estrelas à medida que passa entre a estrela eo telescópio Kepler.

Ao analisar alterações no brilho da estrela, os astrônomos foram capazes de determinar as características dos planetas, como os seus tamanhos e períodos orbitais. Esta orientação, portanto, fornece uma oportunidade para estudar o sistema em grandes detalhes e porque os planetas representam a grande maioria dos planetas que se pensa para preencher a galáxia, a equipe diz, o sistema também pode ajudar os astrônomos a compreender melhor a formação do planeta em geral.

"Eu costumo tentar não chamar as coisas 'Rosetta pedras', mas este é o mais próximo a uma pedra de Roseta como qualquer coisa que eu já vi", diz Johnson. "É como desbloquear uma linguagem que nós estamos tentando entender a língua-de formação do planeta."

Uma das questões fundamentais sobre a origem dos planetas é quantos deles existem. Como o grupo Caltech, outras equipes de astrônomos estimam que há cerca de um planeta por estrela, mas esta é a primeira vez que os pesquisadores fizeram tal estimativa, estudando M-anão sistemas, a população mais numerosa de planetas conhecidos.

Para fazer esse cálculo, a equipe Caltech determinada a probabilidade de que um sistema de M-anão daria de lado Kepler-32 da orientação. Combinando essa probabilidade com o número de sistemas planetários Kepler é capaz de detectar, os astrônomos calcularam que há, em média, um planeta para cada um dos cerca de 100 bilhões de estrelas na galáxia. Mas sua análise considera apenas os planetas que estão em órbitas próximas cerca de M-anões não os planetas exteriores de um sistema M-anão, ou esses tipos em órbita de outras estrelas. Como resultado, eles dizem, a sua estimativa é conservadora. Na verdade, diz Swift, uma estimativa mais precisa que inclui dados de outras análises podem levar a uma média de dois planetas por estrela.

M-anão sistemas como o Kepler-32 são muito diferentes do nosso próprio sistema solar. Por um lado, as anãs M são mais frias e muito menor do que o sol. Kepler-32, por exemplo, tem metade da massa do Sol e sua metade do raio. Os raios de sua gama de planetas cinco 0,8-2,7 vezes maior que a Terra, e os planetas orbitam muito perto de sua estrela. O sistema inteiro cabe dentro de pouco mais de um décimo de uma unidade astronômica (a distância média entre a Terra eo Sol), uma distância que é cerca de um terço do raio da órbita de Mercúrio em torno do sol. O fato de que a M-anão sistemas superam em muito outros tipos de sistemas carrega uma profunda implicação, de acordo com Johnson, o que é que o nosso sistema solar é extremamente rara. "É só um maluco", diz ele.

O fato de que os planetas anões M-sistemas são tão próximos de suas estrelas não significa necessariamente que eles são ardentes, mundos infernais inadequadas para a vida, os astrônomos dizem. Na verdade, as anãs M porque são pequenos e legal, sua zona temperada, também conhecida como a "zona habitável", a região onde a água líquida pode existir também é mais para dentro. Apesar de apenas o mais externo dos cinco Kepler-32 de planetas reside na sua zona temperada, muitos sistemas anões Other M tem mais planetas que estão diretamente em suas zonas temperadas.

Quanto à forma como o Kepler-32 sistema formado, ninguém sabe ainda. Mas a equipe diz que a sua análise coloca restrições sobre possíveis mecanismos. Por exemplo, os resultados sugerem que os planetas todos formados mais longe da estrela do que são agora, e migrou para o interior ao longo do tempo.

Como todos os planetas, os cerca de Kepler-32 formado a partir de um disco proto-planetário disco de poeira e gás que se aglutinaram em planetas ao redor da estrela. Os astrônomos estimam que a massa do disco dentro da região dos cinco planetas era aproximadamente tão grande quanto a de três Jupiters. Mas outros estudos de proto-planetários discos têm mostrado que três massas de Júpiter não pode ser espremida em uma área tão pequena tão perto de uma estrela, o que sugere que a equipe Caltech que os planetas ao redor de Kepler-32 inicialmente formado mais longe.

Outra linha de evidência refere-se ao fato de que as anãs M brilhar mais forte e mais quente quando são jovens, quando os planetas seriam formando. Kepler-32 teria sido muito quente para a poeira-a. Chave planeta construção de ingrediente para sequer existe em tal proximidade com a estrela Anteriormente, outros astrônomos tinham determinado que os planetas terceiro e quarto da estrela não são muito densa, o que significa que eles são provavelmente feitos de compostos voláteis, como o dióxido de carbono, metano ou outros gelos e os gases, a equipe Caltech diz. No entanto, os compostos voláteis não poderiam ter existido nas zonas mais quentes próximas da estrela.

Finalmente, os astrônomos descobriram que Caltech três dos planetas têm órbitas que estão relacionados com um outro de uma maneira muito específica. Período orbital de um planeta dura o dobro do tempo de outro, eo terceiro planeta dura três vezes, desde que o último. Planetas não cair neste tipo de arranjo imediatamente após a formação, diz Johnson. Em vez disso, os planetas devem ter começado suas órbitas mais distantes da estrela antes de se mudar para o interior ao longo do tempo e se estabelecer em sua configuração atual.

"Você olha em detalhe a arquitetura do sistema planetário muito especial, e você é forçado a dizer estes planetas se formaram mais longe e mudou-se", explica Johnson.

As implicações de uma galáxia repleta de planetas são de longo alcance, dizem os pesquisadores. "É realmente fundamental do ponto de vista das origens", diz Swift, que observa que, porque as anãs M brilhar principalmente em luz infravermelha, as estrelas são invisíveis a olho nu. "O Kepler permitiu-nos olhar para o céu e saber que há mais planetas lá fora do que estrelas que podemos ver."

Fonte: EarthSky - via Caltech

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Astrônomos descobrem correntes de gás que formam planetas



Astrônomos observaram pela primeira vez uma etapa crucial no nascimento de planetas gigantes. Enormes correntes de gás fluem através do espaço vazio no interior de um disco de material situado em torno de uma estrela jovem. Estas são as primeiras observações de tais correntes, que se pensa serem criadas por planetas gigantes à medida que “engolem” gás e crescem. O estudo foi publicado na revista Nature. Os pesquisadores usaram o telescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) durante pesquisa.
Uma equipe internacional estudou a jovem estrela HD 142527, situada a mais de 450 anos-luz de distância, a qual se encontra rodeada por um disco de gás e poeira cósmica - os restos da nuvem a partir da qual a estrela se formou. O disco poeirento encontra-se dividido numa parte interior e noutra exterior, divisão esta feita por um espaço, que se pensa ter sido esculpido por planetas gigantes gasosos recentemente formados que limpam as suas órbitas à medida que rodam em torno da estrela. O disco interior tem uma dimensão que vai desde a estrela até à distância equivalente à órbita de Saturno no nosso Sistema Solar, enquanto que o disco exterior começa só 14 vezes mais longe. Este último disco não circunda a estrela de forma uniforme; tem antes a forma de uma ferradura, provavelmente causada pelo efeito gravitacional dos planetas gigantes em órbita da estrela.

De acordo com a teoria, os planetas gigantes crescem à medida que capturam gás do disco exterior, em correntes que formam pontes que atravessam o espaço entre os discos.

“Os astrônomos têm vindo a prever a existência destas correntes, no entanto esta é a primeira vez que fomos capazes de as ver diretamente,” diz Simon Casassus, da Universidad do Chile, que liderou o novo estudo. “Graças ao novo telescópio ALMA, pudemos obter observações diretas que comprovam as teorias atuais de formação de planetas!”

Casassus e a sua equipe usaram o ALMA para observar o gás e a poeira cósmica em torno da estrela, o que lhes permitiu ver com muito mais pormenor e muito mais perto da estrela, do que o que tinha sido possível até agora com telescópios do mesmo tipo. As observações ALMA, nos comprimentos de onda submilimétricos, são também imunes à radiação da estrela, que afeta os telescópios que trabalham no visível ou no infravermelho. O espaço no disco era já conhecido, mas a equipa descobriu também gás difuso que permanece neste espaço e duas correntes mais densas de gás que fluem do disco exterior, passando pelo espaço vazio, até ao disco interior.

“Pensamos que existe um planeta gigante escondido no interior do disco e que dá origem a estas correntes. Os planetas crescem ao capturar algum do gás do disco exterior, mas na realidade “comem como uns alarves”: os restos de gás que “deixam cair” flui para o disco interior, que se situa em torno da estrela” diz Sebastián Pérez, um membro da equipa, também da Universidade do Chile.

As observações respondem a outra questão sobre o disco em torno da HD 142527. Como a estrela central ainda se está a formar, capturando material do disco interior, este disco deveria ter sido já todo devorado pela estrela, se não fosse de algum modo realimentado. A equipe descobriu que a taxa à qual os restos de gás fluem para o disco interior é precisamente a necessária para manter este disco com matéria suficiente para alimentar a estrela em crescimento.

Outra descoberta pioneira é a detecção do gás difuso no espaço entre discos. “Os astrónomos procuraram este gás durante muito tempo, mas até agora só tinham tido evidências indiretas da sua existência. Agora, com o ALMA, pudemos vê-lo diretamente,” explica Gerrit van der Plas, outro membro da equipa, da Universidade do Chile.

Este gás residual é uma evidência adicional de que as correntes são causadas por planetas gigantes, em vez de outros objetos ainda maiores como, por exemplo, uma estrela companheira. “Uma segunda estrela teria limpado muito melhor o espaço entre discos, não deixando nenhum gás residual. Ao estudar a quantidade de gás que ainda resta, talvez possamos estimar as massas dos objetos que estão a fazer a limpeza.” acrescenta Pérez.

Então, e os planetas propriamente ditos? Casassus explica que não está surpreendido por a equipe não os ter conseguido detectar de forma direta. “Procurámos estes planetas com instrumentos infravermelhos de vanguarda instalados noutros telescópios. No entanto, pensamos que os planetas em formação ainda estão muito envolvidos pelas correntes de gás, que são praticamente opacas. É capaz de ser, por isso, extremamente difícil descobrir estes planetas de forma direta.”

Apesar disso, os astrônomos pretendem descobrir mais sobre estes planetas ao estudar as correntes de gás e o gás difuso. O telescópio ALMA ainda está em fase de construção, e por isso mesmo não atingiu ainda todas as suas capacidades. Quando estiver completo, a sua visão será ainda mais nítida e novas observações das correntes poderão permitir a equipe determinar as propriedades dos planetas, incluindo as suas massas.
Com informações do Observatório Europeu do Sul (ESO)

Fonte: Terra