quarta-feira, 21 de maio de 2014

Como é um eclipse solar visto da Lua?



Um eclipse solar já foi observado da Lua? Sim, primeiro em 1967 – mas ele pode acontecer novamente na próxima semana. A missão robótica Surveyor 3 fez milhares de imagens de grande angular de televisão da Terra, em 1967, sendo que algumas dessas imagens capturaram a Terra se movendo em frente ao Sol. Algumas dessas imagens foram recuperadas dos arquivos da NASA e foram compiladas no vídeo apresentado acima. Embora as imagens sejam bem granuladas, a atmosfera da Terra claramente refrata a luz do Sol ao redor e pode-se ver o famoso Efeito Beading, quando algumas trajetórias da luz do Sol foram bloqueadas pelas nuvens.

Dois anos depois, em 1969, a tripulação da Apollo 12 viu também um eclipse de um ponto de vista diferente quando eles estavam voltando da Lua. Em 2009, a sonda robô Kaguuya, fez imagens de alta resolução de um eclipse similar enquanto orbitava a Lua (imagem e vídeo abaixo). Na próxima semana, contudo, a missão Chang’e 3 da China, incluindo o rover Yutu, pode testemunhar um novo eclipse do Sol pela Terra, desde a superfície da Lua. Simultaneamente, da órbita lunar, a missão LADEE da NASA pode também capturar o evento incomum do dia 15 de Abril de 2014. Outro ângulo desse mesmo evento certamente será visível pelas pessoas na superfície da Terra, ou seja, um eclipse total da Lua.
Fonte: http://apod.nasa.gov

Aglomerado de galáxias amplia supernova distante


Como você calibra uma imensa lente gravitacional? Nesse caso a lente é o aglomerado de galáxias Abell 383, uma massiva aglomeração de galáxias, gas quente e matéria escura que localiza-se a cerca de 2.5 bilhões de anos-luz de distância com um desvio para o vermelho, z= 0.187. O que precisa ser caljbrado é a massa do aglomerado, em particular a quantidade e a distribuição da materia matéria escura. Uma nova técnica de calibração foi testada recentemente e consiste em esperar supernovas de um tipo bem específico ocorrerem atrás do aglomerado de galáxias, e então descobrir quanto o aglomerado ampliou essas supernovas ppr meio do efeito de lente gravitacional. Essa técnica complementa outras medidas incluindo a computação da matéria escura necessária para conter movimentos internos de galáxias, para confinar o gás quente do aglomerado e criar a imagem distorcida da lente gravitacional. Na imagem acima, do Telescópio Espacial Hubble, o aglomerado de galáxias A383 mostra sua capacidade de lente gravitacional na parte direita da imagem, distorcendo fortemente as galáxias em segundo plano, localizadas atrás do centro do aglomerado. Na parte esquerda da imagem, está uma distante galáxia, mostrada tanto antes, como depois da revelação de uma supernova recente. Até o momento, supernovas com qualidade para calibração, do Tipo Ia foram encontradas atrás dem outros dois aglomerados de galáxias por meio do projeto Cluster Lensing And Supernova survey with Hubble, ou CLASH.

Fonte: http://apod.nasa.gov

Venus Express se prepara para entrar na atmosfera de Vênus

Depois de oito anos em órbita, Vênus Express completa suas observações científicas de rotina e está se preparando para um mergulho ousado na atmosfera hostil do planeta Vênus. A missão Venus Express foi lançada no foguete Soyuz-FG do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão em 9 de novembro de 2005, e chegou a Vênus em 11 de abril de 2006. Com um conjunto de sete instrumentos, a sonda tem proporcionado um amplo estudo da ionosfera, atmosfera e superfície de Vênus.A Venus Express tem nos mostrado o quão variável é o planeta Vênus em todas as escalas de tempo e, além disso, deu pistas sobre como ele poderia ter mudado desde a sua formação a 4,6 bilhões de anos”, diz Håkan Svedhem, cientista do projeto. Esta informação está nos ajudando a decifrar como Terra e Vênus conseguiram liderar vidas tão dramaticamente diferentes”. Vénus tem uma temperatura superficial de mais de 450 ° C, muito mais quente do que um forno de cozinha normal, e extremamente densa, composta por gases nocivos a atmosfera. Mas com os dados da Venus Express, aprendemos que Vênus pode ter tido um sistema de placas tectônicas como a Terra, e até mesmo um oceano de água.

Assim como a Terra, Vênus está a perder partes de sua atmosfera superior ao espaço e a Venus Express mediu o dobro de átomos de hidrogênio que “escapam” para fora da atmosfera de oxigênio. 
Hoje, a quantidade total de água na Terra é de 100 mil vezes mais do que em Vênus. Mas uma vez que estes planetas são semelhantes em tamanho é possível que nas fases iniciais da sua existência, ambos tinham a mesma quantidade de água. Agora, depois de oito anos em órbita, os suprimentos de combustível necessários para manter a órbita elíptica estão acabando e em breve estará esgotado completamente. Assim, as operações científicas de rotina já foram concluídas e a nave espacial está sendo preparada para uma última missão: fazer um mergulho profundo na atmosfera do planeta.
“É somente através da realização de operações ousadas como esta que podemos ganhar novos conhecimentos, não só sobre as regiões geralmente inacessíveis a atmosfera do planeta, mas também como a nave espacial e seus componentes irão responder a um ambiente tão hostil. A nave irá realizar uma manobra conhecida como “aerobraking”, esta manobra permite que a espaçonave entre em órbita sem ter que gastar tanto combustível. Essa última missão também oferece a oportunidade de desenvolver e praticar as técnicas de operações críticas necessárias para o aerobraking, uma experiência que contribuirá para a preparação de futuras missões planetárias”, diz Paolo Ferri, chefe de operações da missão.
É possível que o combustível restante na Venus Express estará esgotado nesta fase ou que a nave espacial não sobreviva a estas operações de risco. Mas, se a nave espacial ainda tiver condições, sua órbita irá subir e algumas operações limitadas prosseguirão por mais alguns meses, se o combustível permitir. No entanto, até o final do ano, é provável que a Venus Express terá feito sua descida final para a atmosfera do planeta, trazendo um fantástico esforço científico ao fim. “Venus Express tem penetrado mais profundamente nos mistérios deste planeta, de uma forma que ninguém jamais sonhou, e, sem dúvida, ela continuará a nos surpreender até o último minuto”, acrescenta Håkan.
Fonte: Phys