quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Cientista anuncia descoberta histórica em Marte, mas Nasa reduz expectativa

Diretor da missão do Curiosity disse em entrevista que descoberta é digna de entrar em livros de história. Nasa afirmou que entusiasmo de cientista seria apenas com qualidade dos dados.

Nasa-Ilustração mostra Curiosity durante pesquisar em solo marciano

A excitação foi total nesta quarta-feira (21) quando um cientista da Nasa mencionou uma descoberta "digna de entrar para os livros de história" feita pelo veículo-robô Curiosity em Marte, mas, em seguida, a agência espacial americana reduziu as expectativas em torno do feito.

"Esta descoberta vai entrar nos livros de história, parece realmente excelente", afirmou à rádio NPR John Grotzinger, diretor da missão Curiosity no Laboratório de Propulsão a Jato Jet Propulsion Laboratory, JPL) em Pasadena (Califórnia, oeste dos Estados Unidos).

Segundo a entrevista, divulgada na terça-feira, análises feitas pelo robô enviado ao planeta vermelho para tentar encontrar vestígios de vida no passado, teriam apontado para uma descoberta incrível. Mas os cientistas não poderiam antecipar nada mais antes de confirmar seus estudos preliminares, o que poderá levar várias semanas.

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Nesta quarta-feira, no entanto, Guy Webster, responsável pelas relações com a imprensa do JPL, reduziu a expectativa em torno de uma descoberta revolucionária.

"No que diz respeito ao seu comentário sobre os 'livros de história', a missão em seu conjunto tem uma natureza (que a torna candidata) a entrar nos livros de história (...), não há nada específico no futuro que seja revolucionário", disse.

"John (Grotzinger) estava encantado com a qualidade das análises das amostras provenientes do veículo robótico quando estava com um jornalista em seu escritório na semana passada", explicou Webster. "Já tinha ficado entusiasmado no passado com resultados anteriores e estará de novo no futuro", acrescentou.

"A equipe científica analisa os dados de uma amostra do solo marciano, mas não se pode falar disso neste momento", continuou. "Isto não muda os procedimentos habituais: deve-se confirmar os primeiros resultados antes de torná-los públicos", afirmou.

No final de setembro, o Curiosity descobriu cascalho proveniente do leito de um antigo riacho, sustentando a hipótese da existência de água no planeta vermelho. O veículo robô, dotado de vários instrumentos de medição e análise, encontrou no mês passado "objetos brilhantes" na superfície do solo, o que deixou os especialistas perplexos.

Fonte: Ultimo segundo Ig

A catedral de estrelas massivas


© Hubble/Jesús Maíz Apellániz (nebulosa NGC 6357)
Quanto massiva uma estrela normal pode ser?

Estimativas feitas a partir da distância, do brilho e dos modelos solares padrões têm dado a uma estrela do aglomerado aberto Pismis 24 uma massa mais de 200 vezes a massa do Sol, fazendo dela uma recordista nesse aspecto. Essa estrela é o objeto mais brilhante localizado um pouco acima da frente de gás da imagem acima. Uma inspeção mais cuidadosa dessa imagem feita com o telescópio espacial Hubble, contudo, tem mostrado que a Pismis 24-1 deriva sua luminosidade brilhante não de uma única estrela, mas no mínimo de três. As estrelas componentes poderiam ainda ter aproximadamente uma massa 100 vezes maior que a massa do Sol, fazendo com que elas estejam entre as estrelas mais massivas já registradas. Em direção a parte inferior da imagem, as estrelas ainda estão se formando na nebulosa de emissão NGC 6357 associada. Aparecendo talvez, como uma catedral gótica, as estrelas energéticas perto do centro parecem estar se partindo e iluminando um casulo espetacular.

Fonte: NASA

Planeta anão Makemake não tem atmosfera

© ESO (ilustração da superfície do planeta anão Makemake)

Astrônomos utilizaram três telescópios nos observatórios do ESO, no Chile, para observar o planeta anão Makemake, no momento em que este passou em frente a uma estrela distante, bloqueando assim a radiação emitida pela estrela.
As novas observações permitiram verificar pela primeira vez se o planeta se encontra rodeado por uma atmosfera. Este mundo frígido tem uma órbita que o leva ao Sistema Solar exterior e pensava-se que teria uma atmosfera como a de Plutão. No entanto, verificou-se agora que não é o caso. Os cientistas mediram também pela primeira vez a densidade de Makemake. Os novos resultados foram publicados hoje na revista Nature.

O planeta anão Makemake tem cerca de dois terços do tamanho de Plutão e viaja em torno do Sol numa órbita distante, que se situa além de Plutão, mas mais próximo do Sol do que Éris, o planeta anão de maior massa conhecido no Sistema Solar. Makemake foi inicialmente conhecido por 2005FY9. Descoberto alguns dias depois da Páscoa, em março de 2005, o objeto adquiriu o nome informal de Coelhinho da Páscoa. Em Julho de 2008 foi-lhe dado o nome oficial de Makemake. Makemake é o criador da humanidade e deus da fertilidade, nos mitos dos povos nativos da Ilha da Páscoa. Makemake é um dos cinco planetas anões reconhecidos, até agora, pela União Astronômica Internacional. Os outros são Ceres, Plutão, Haumea e Éris.

Observações anteriores do gélido Makemake mostraram que este corpo é similar aos outros planetas anões, o que levou os astrônomos a pensarem que ele possuiria uma atmosfera semelhante à de Plutão. No entanto, este novo estudo mostra que, tal como Éris, Makemake não se encontra rodeado por uma atmosfera significativa.

A equipe liderada por José Luis Ortiz (Instituto de Astrofísica de Andalucía, CSIC, Espanha), combinou várias observações obtidas por três telescópios situados nos observatórios de La Silla e Paranal do ESO, no Chile - o Very Large Telescope (VLT), o New Technology Telescope (NTT) e o TRAPPIST (sigla do inglês para TRAnsiting Planets and PlanetesImals Small Telescope) - com dados de outros telescópios menores situados na América do Sul, para olhar para Makemake à medida que este passava em frente a uma estrela distante de fraca luminosidade, chamada NOMAD 1181-023572 (NOMAD refere-se a Naval Observatory Merged Astronomic Dataset).

"Quando Makemake passou em frente da estrela, a radiação emitida por esta foi bloqueada, a estrela desapareceu e apareceu muito abruptamente, em vez de desaparecer lentamente e depois ficar gradualmente mais brilhante. Isto significa que o pequeno planeta anão não tem uma atmosfera significativa," diz José Luis Ortiz. "Pensava-se que Makemake tivesse desenvolvido uma atmosfera; o fato de não haver sinais de uma, mostra apenas o quanto temos ainda a aprender sobre estes corpos misteriosos. Descobrir as propriedades de Makemake pela primeira vez é um grande passo em frente no estudo deste grupo seleto de planetas anões gélidos."

A ausência de luas do Makemake e a grande distância a que se encontra de nós, tornam-no difícil de estudar, por isso o pouco que sabemos dele é apenas aproximado. As novas observações da equipe acrescentam muito mais detalhes ao nosso conhecimento deste objeto, determinando o seu tamanho de forma mais precisa, impondo limites a uma possível atmosfera e estimando a densidade do planeta anão pela primeira vez. Os dados também permitiram medir qual a quantidade de luz solar que é refletida pela superfície do planeta, o seu albedo. Um albedo de 1 representa um corpo que reflete perfeitamente, e um albedo de 0 representa uma superfície negra, que não reflete nada. O albedo de Makemake é cerca de 0,77, comparável ao da neve suja, maior que o de Plutão, mas menor que o do Éris.

Conseguiu-se observar Makemake com tanto detalhes, apenas porque este passou em frente de uma estrela, um fenômeno conhecido como uma ocultação estelar. Estas oportunidades raras permitem aos astrônomos descobrir várias características sobre as atmosferas, muitas vezes tênues e delicadas, que se encontram em torno destes distantes mas importantes membros do Sistema Solar e fornecem informações precisas sobre as suas outras propriedades.

As ocultações são particularmente incomuns no caso de Makemake, já que este é um objeto que se move numa região do céu com relativamente poucas estrelas, por isso, predizer de forma precisa e detectar estes eventos raros é extremamente difícil.

Fonte: ESO

Veja o resultado de uma gigantesca explosão estelar


A uma distância que a luz demora 10 mil anos para percorrer, uma estrela massiva “morreu” de modo espetacular, e os resultados desse evento foram registrados recentemente (o que vemos é um “retrato do passado”, já que a luz demora para chegar de lá até nós) por dois telescópios da Agência Espacial Europeia. A supernova W44 estava localizada na constelação Aquila e, em seu lugar, está uma estrela de nêutrons (ou pulsar), denominada PSR B1853+-1 (na imagem abaixo, um ponto azul brilhante).


Nos arredores, há nuvens de gás com milhões de graus Celsius, onde novas estrelas estão em formação. Os restos da W44 estão entre os melhores exemplos de interação desse tipo de material com as nuvens que deram origem à estrela. Para obter um retrato detalhado, foi usado um telescópio infravermelho (o Observatório Espacial Herschel, o maior do tipo já lançado no espaço) e um capaz de captar raios-X (o XMM-Newton). Em seguida, as imagens foram unidas. De acordo com pesquisadores da Agência Espacial Europeia, “um grande número de objetos compactos espalhados pela cena mapeia as sementes de futuras estrelas que irão, eventualmente, emergir de seus ‘casulos’”.
Fonte: Hypescience.com
[LiveScience]

Astrônomos flagram luz de primeiras estrelas do Universo


Astrônomos conseguiram localizar traços de luz das primeiras estrelas do universo, que eles acreditam ser quase tão antigas quanto o próprio tempo. As primeiras estrelas foram criadas logo após o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos, quando o universo esfriou o suficiente para que os átomos se formassem e começassem a se juntar. Desde que esses ‘sóis’ começaram a queimar, suas luzes criaram um brilho através do espaço que cada nova geração de estrelas contribui para aumentar. Agora, astrônomos usando o Fermi, um telescópio espacial da NASA, fizeram a mais precisa medição desse brilho de fundo – conhecido como a “Luz de Fundo Extragaláctica” (EBL, na sigla em inglês) – e separaram a luz de estrelas mais antigas. A luz ótica e ultravioleta das estrelas continuam a viajar através do universo mesmo após as estrelas pararem de brilhar, e isso cria um campo de radiação fóssil que nós podemos explorar utilizando raios gamas de fontes distantes”, disse o líder da pesquisa Marco Ajello ao DailyMail.

Desde o lançamento do Fermi em 2008, o seu Telescópio de Área Maior observa o céu inteiro em raios gamas de alta energia a cada três horas, criando o mais detalhado mapa do universo já conhecido nessas energias. Para os raios gama, a EBL funciona como uma espécie de névoa cósmica. O Dr. Ajello e sua equipe investigam a EBL estudando raios gama usados no estudo de blazares ou galáxias com buracos negros, que foram fortemente detectados em energias maiores que 3 bilhões de elétron-volts (GeV) ou mais de um bilhão de vezes a energia da luz visível. Segundo afirmou ao portal Space: “Nós usamos os blazares como faróis cósmicos. Nós observamos o escurecimento deles devido à névoa da EBL. Isso nos permite quantificar quanta EBL existe entre nós e os blazares. Como os blazares são distribuídos pelo universo, nós podemos medir a EBL em diferentes épocas”.

Conforme a matéria cai em direção a um buraco negro supermassivo de uma galáxia, partes dela são aceleradas para fora em velocidades quase tão rápidas quanto a da luz em jatos apontados em diferentes direções. Quando ocorre de um dos jatos estar direcionado para a Terra, a galáxia parece especialmente brilhante e é classificado como um blazar. Raios gama produzidos em jatos de blazares viajam por bilhões de anos-luz até a Terra. Durante sua jornada, os raios gama passam por uma névoa crescente de luz visível e ultravioleta emitida pelas estrelas que se formaram por toda a história do universo. Ocasionalmente, um raio gama colide com a luz da estrela e se transforma em um par de partículas – um elétron e sua contraparte antimaterial, um pósitron. Uma vez que isso ocorre, a luz do raio gama é perdida.

Na verdade, o processo amortece o sinal do raio gama da mesma forma que a névoa escurece um farol distante. A partir de estudos de blazares próximos, os cientistas determinaram quantos raios gama deveriam ser emitidos em energias diferentes. Blazares mais distantes mostram menos raios gama em energias mais altas – especialmente acima de 25 GeV – graças à absorvência da névoa cósmica. Os blazares mais distantes não têm a maior parte de seus raios gama de alta energia. Os pesquisadores então determinaram a atenuação média dos raios gama por três faixas de distância entre 9,6 bilhões de anos atrás e hoje. Eles também encontraram traços de luzes emitidas por estrelas que queimaram quando o universo tinha apenas meio bilhão de anos de idade.

Acredita-se que elas tenham sido bem diferentes das estrelas de hoje, segundo explicou o Space, com massas até centenas de vezes maiores que nosso Sol. Elas queimaram mais ardentemente, brilhantemente e por tempos de vida mais curtos. Agora, os astrônomos esperam observar a luz dessas estrelas diretamente. “O resultado do Fermi abre a empolgante possibilidade de restringir o mais antigo período da formação de estrelas cósmicas, preparando o palco para o Telescópio Espacial James Webb da Nasa”, diz Volker Bromm, um astrônomo da Universidade do Texas, em Austin, que comentou as descobertas. Em termos simples, o Fermi está nos dando uma imagem da sombra das primeiras estrelas, enquanto que o James Webb irá detectá-las diretamente.
Fontes: Folha / Jornal ciência

“Produção” de estrelas está em baixa no universo



Aparentemente, não é apenas a economia europeia que está passando por um momento de crise: segundo estudo recente, o surgimento de estrelas no universo também está em baixa. A pesquisa, feita por astrônomos de diversas nacionalidades (portugueses, britânicos, japoneses, italianos e holandeses), revelou que o índice de formação de estrelas está 30 vezes menor do que há 11 bilhões de anos, quando estava em seu auge.

Ciclo de vida estelar

Para compreender a evolução do universo, é fundamental analisar o processo de formação das estrelas. De acordo com o modelo mais aceito atualmente, as primeiras estrelas começaram a surgir há aproximadamente 13,4 bilhões de anos (cerca de 300 milhões de anos após o Big Bang). No começo, esses astros eram, acredita-se, muito maiores do que os que vemos hoje, possivelmente cem vezes maiores do que o sol. Com tanta massa, as primeiras estrelas envelheciam rapidamente, gastando seu combustível e entrando em colapso em “apenas” alguns milhões de anos. Já estrelas menores (que acabaram se tornando o “padrão”) tendem a ser mais estáveis e durar bilhões de anos. Grande parte do material vindo de explosões estelares dá origem a novas estrelas – o sol, possivelmente, é de “terceira geração”. Seja como for, esses astros são parte fundamental das galáxias, por isso é importante compreender sua dinâmica.

Censo galáctico

No estudo, os pesquisadores usaram três telescópio (UKIRT, VLT e Subaru) para analisar a formação de estrelas em diversas galáxias e descobrir em que ritmo está o processo. Algumas das regiões analisadas estão tão distantes que a luz demora milhares de anos para chegar até nós – o que os cientistas veem, nesse caso, são verdadeiros retratos do passado.

“Você pode dizer que o universo está sofrendo com uma longa e séria ‘crise’: o ‘PIB cósmico’ é 3% do que costumava ser durante o pico da produção estelar”, explica o pesquisador David Sobral, da Universidade de Leiden (Holanda). “Se a queda continuar, então no resto da história do cosmo não mais do que 5% novas estrelas terão se formado”.

De acordo com o estudo, vivemos rodeados por estrelas antigas (metade das estrelas teria nascido durante o “boom”, entre 11 e 9 bilhões de anos atrás). “O futuro parece realmente sombrio, mas nós temos bastante sorte por viver em uma saudável galáxia de formação de estrelas, que será uma forte contribuidora”, diz Sobral. Depois de descobrir a existência da crise, os cientistas se depararam com um novo mistério: qual a causa desse declínio? É aguardar para saber.
Fonte: http://hypescience.com
[ScienceDaily]

Uma breve história do Universo




Em sua teoria da relatividade geral, Albert Einstein chegou à conclusão de que o universo deveria estar em expansão, mas as evidências observacionais da época não indicavam isso. Desta maneira, meio que a contragosto, Einstein introduziu uma constante nessas equações, chamada de constante cosmológica, para que o universo permanecesse estático. Na década seguinte, de 1920, começaram a aparecer as primeiras evidências observacionais de que o universo não seria estático. Observações de galáxias feitas por Edwin Hubble mostraram que todas elas estavam em movimento, todas se afastando umas das outras, como se estivessem sobre um balão sendo inflado.

Einstein revisou suas equações, retirou a tal constante e afirmou que ela teria sido a maior bobagem que ele já tinha feito. A partir de então, a interpretação dessas equações – bem complicadas, por sinal – nos levava a crer que o universo começou com uma singularidade, onde toda a matéria do universo estava concentrada e subitamente começou uma rápida expansão. Esse é o Big Bang. Esse termo foi cunhado por Fred Hoyle, um defensor da teoria do universo estático, muito mais em tom de crítica do que para, de fato, esclarecer. Isso causa uma grande confusão na hora de entender a física do processo. Não houve uma grande explosão, não há um centro do qual tudo parece se afastar, não havia antes e não há nada “fora” do universo. Mas isso é assunto para outra hora. Desde então, os astrônomos vinham tentando medir a velocidade de expansão do universo e tentando saber que tipo de destino o universo teria – se a expansão seria eterna ou não. Em todos os casos, seria uma expansão desacelerada.

Mas eis que, em meados de 1990, usando supernovas para estudar a expansão do universo, Saul Perlmutter e uma equipe de colaboradores descobriram que, na verdade, o universo está em expansão acelerada! Uma descoberta tão fantástica e tão inesperada que rendeu o prêmio Nobel de Física de 2011. Até hoje não há explicação para isso. Foi aí que se criou o termo energia escura, que compõe 72% do Universo e que ninguém sabe o que é. Muitas teorias tentam explicar essa componente que forma quase três quartos do Universo, mas nada muito plausível até agora. O que aconteceu foi a ressurreição da constante cosmológica, mas agora não para frear o Universo, como Einstein idealizou, mas sim para acelerá-lo. Do ponto de vista observacional, uma colaboração internacional entre EUA, Japão, Canadá, Espanha e Brasil acaba de anunciar alguns resultados na tentativa de compreender melhor essa estranha forma de energia que está acelerando o Universo.

O projeto de Busca Espectroscópica de Oscilações Acústicas de Bárions (Boss, na sigla em inglês) se utiliza dos espectros de galáxias obtidos por outro projeto – o SDSS – e tem como objetivo estudar o Universo em três fases distintas. A primeira fase foi quando ele era jovem e a gravidade predominava sobre a energia escura e o Universo era desacelerado. A segunda é intermediária, quando gravidade e energia escura meio que se equilibravam, e a outra é mais recente, com o Universo mais evoluído, quando a energia escura começou a dominar e o Universo passou a ser acelerado. Para obter informações do Universo quando ele ainda era jovem – uns 2 bilhões de anos de idade –, a equipe do Boss utilizou espectros de mais de 48 mil quasares, núcleos muito brilhantes de galáxias muito distantes, a 11,5 bilhões de anos-luz. A luz destes quasares vai sendo parcialmente absorvida por nuvens de gás distribuídas pelo caminho.

Desse jeito, é possível mapear a posição das galáxias e das nuvens. A oscilação acústica de bárions é, na verdade, a variação periódica na distribuição das galáxias e nas nuvens de gás intergaláctico – a matéria visível, ou bariônica –, que acabam revelando também a distribuição de matéria escura. Com esses resultados, a equipe do Boss pretende caracterizar o Universo quando ainda era dominado pela gravidade e era desacelerado por ela. Com isso, pretendem compreender a origem dessa componente misteriosa do universo, evidenciando também a transição entre um Universo dominado pela gravidade para um dominado pela energia escura, o que ocorreu há uns 5 ou 6 bilhões de anos atrás.
Créditos: Cássio Barbosa - Observatório/ Astronomia e Universo

Cientistas detectam luz estelar do início do Universo

Pesquisadores da Universidade de Berkeley usaram telescópio de raios gama para encontrar emissões luminosas das primeiras estrelas do Universo

Ilustração mostra a luz do início do Universo que pesquisadores de Berkeley encontraram Luz estelar antiga, emitida pelas primeiras estrelas do Universo, foi detectada com o uso do telescópio espacial Fermi, que detecta raios gama. Marco Ajello, astrofísico da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e seus colegas relataram a descoberta no periódico Science. Ajello realizou a pesquisa quando trabalhava na Universidade Stanford. É provável que tenham sido os primeiros objetos a se formarem em nosso Universo", afirmou. "Eles se formaram aproximadamente 500 milhões de anos depois do Big Bang.

Os cientistas supõem que o Big Bang, ou grande explosão, tenha ocorrido há aproximadamente 13 bilhões de anos e resultado na criação de nosso Universo, que continua em expansão. As primeiras estrelas do Universo eram maciças e constituídas principalmente de hidrogênio. É bem provável que o hidrogênio tenha queimado por completo rapidamente e elas tenham explodido, formando supernovas, logo no início. Embora essas primeiras estrelas tenham desaparecido há muito tempo, a luz que emitiram continua chegando até nós.

É impossível medir diretamente a luz de uma estrela antiga, porque a luz de nossa galáxia é mais forte e impede que a vejamos. Por isso, os pesquisadores usaram os raios gama. Eles contaram com os blazares – galáxias distantes que emitem raios gama – para fazer isso. Os blazares são como faróis que estão muito distantes daqui. As distâncias destes objetos em relação a nós são diferentes e, com base nessas distâncias é possível medir a quantidade de luz estelar de épocas diferentes.

Os pesquisadores coletaram dados sobre a luz presente no Universo 4, 8 e 11 bilhões de anos após o Big Bang. Futuramente, Ajello espera realizar medições em pontos ainda mais próximos do princípio do Universo. Como o Universo está sempre em expansão, chegar o mais perto possível de seu início consiste na melhor forma de medição. Teremos medidas mais precisas quando chegarmos a 2 ou 1 bilhão de anos após o Big Bang", afirmou.

Fonte: Ultimo segundo Ig

Descoberta de gigante abertura em disco de estrela tipo-sol pode indicar múltiplos planetas


O instrumento HiCIAO acoplado ao Telescópio Subaru capturou esta imagem infravermelha do disco protoplanetário em torno da estrelas PDS 70. Uma máscara de software bloqueou a luz na vizinhança imediata da estrela central. As cores na imagem indicam a luminosidade da radiação infravermelha; a área esbranquiçada tem uma radiação infravermelha mais forte do que as áreas azuladas. A área escura perto de PDS 70, fora da máscara, é a lacuna referida no texto.Crédito: NAOJ

Uma equipe internacional de astrónomos, liderada por Jun Hashimoto (Observatório Astronómico do Japão) e Ruobing Dong (Universidade de Princeton, EUA) usou o instrumento HiCIAO (High Contrast Instrument for the Subaru Next Generation Adaptive Optics) acoplado ao Telescópio Subaru para observar e examinar PDS 70 (PDS é uma abreviação "Pico dos Dias Survey", um nome de catálogo baseado no grande estudo dos anos 90 decorrido no Observatório Pico dos Dias no Brazil. Cerca de cem objectos foram catalogados. O 70º objecto na lista foi o alvo desta pesquisa), uma estrela jovem com cerca de 10 milhões de anos e com uma massa semelhante à do Sol. As imagens capturadas a partir das observações mostram claramente uma lacuna gigante dentro do disco protoplanetário, a maior já encontrada em estrelas com baixa massa e semelhantes ao Sol. É em discos protoplanetários que se formam planetas, e a força gravitacional de planetas recém-nascidos pode explicar o enorme espaço entre o limite interno do disco e a estrela central. Nenhum planeta, independentemente de quão pesado ou eficiente é na sua formação, é suficiente para criar uma abertura tão grande.

Os investigadores pensam que a lacuna no disco protoplanetário de PDS 70 pode ter resultado do nascimento de vários planetas. As imagens de alto contraste a partir das observações permitiram aos cientistas estudar os detalhes do disco, e em seguida foram capazes de revelar directamente o local de formação de possivelmente um ou mais planetas. A equipa de pesquisa está agora a tentar detectar esses planetas. Os discos protoplanetários ocorrem em torno de muitas estrelas tipo-Sol; são compostos por gás e poeira que rodeiam as estrelas e providenciam os materiais a partir de onde os planetas como a Terra são formados. Os astrónomos observam os discos protoplanetários para melhor compreender a sua evolução e a formação de planetas. Os discos em torno de estrelas mais pesadas tendem a ser mais prolongados e mais brilhantes, e portanto mais fáceis de estudar em detalhe; as estrelas menos massivas representam um desafio maior para a pesquisa. O objectivo do Projecto SEEDS (Strategic Exploration of Exoplanets and Disks with Subaru), iniciado em 2009, é estudar os discos em torno de estrelas menos massivas como o Sol.

Como parte do Projecto SEEDS, a equipa escolheu como alvo PDS 70, localizada a cerca de 460 anos-luz na direcção da constelação de Centauro, que tem 90% da massa do Sol. Tem uma idade estimada em aproximadamente 10 milhões de anos, ou seja, é muito jovem em termos cósmicos relativamente ao tempo de duração de 10 mil milhões de anos de estrelas como o Sol e à sua idade actual de 4,6 mil milhões de anos. Observações anteriores da distribuição da energia espectral e observações directas pelo VLT no Chile, sugeriram a presença de um disco, mas não foram capazes de determinar os detalhes da sua estrutura. As observações com o HiCIAO acoplado do Telescópio Subaru mostram claramente um espaço de baixa densidade entre PDS 70 e a borda interior do disco em seu redor, com um raio tão grande quanto 70 UA (unidade astronómica, a distância entre a Terra e o Sol, cerca de 150 milhões de quilómetros). A primeira imagem mostra uma área mais escura na vizinhança da estrela, o que significa que existe aí menos material. As imagens de alto contraste obtidas pelo HiCIAO permitiram a descoberta.



Impressão de artista de PDS 70 e dos seus dois discos protoplanetários, mostrando a grande abertura entre ambos. A força gravitacional de vários planetas recém-nascidos é provavelmente responsável pelo desenvolvimento da grande abertura entre os dois discos.Crédito: NAOJ

O enorme tamanho da lacuna no disco em torno de PDS 70 levou a equipa a questionar a formação da mesma. Ao estudar os detalhes da distribuição da energia espectral (traçando o brilho da luz em comparação com o comprimento de onda) da estrela em si e o disco, descobriram um outro disco a uma distância de apenas 1 UA. A segunda imagem ilustra a estrutura de disco duplo. O disco interior e mais pequeno está muito próximo da estrela, mas as observações actuais não mostram claramente essa parte do disco porque está por trás da máscara HiCIAO, que bloqueia a brilhante luz da estrela central. As forças gravitacionais do(s) planeta(s) embebido(s) no disco podem ser responsáveis por este tipo de lacuna no disco, pois podem afastar o material do disco, e a "limpeza" de material significa que menos radiação infravermelha é emitida dessa área. Seria muito difícil um único planeta ser responsável pela criação da abertura.

No entanto, a realização de observações para detectar tais planetas é difícil, porque a luz difusa do disco pode obscurecer a luz muito fraca emitida pelos planetas. As imagens de alto contraste obtidas pelo HiCIAO revelaram detalhes surpreendentes do disco protoplanetário de PDS 70. O líder da equipa, Jun Hashimoto, comentou: "Graças à combinação poderosa do Telescópio Subaru e do HiCIAO, somos capazes de estudar os discos em torno de estrelas semelhantes ao Sol. PDS 70 mostra como o nosso Sistema Solar pode ter sido na sua infância. Quero continuar este tipo de pesquisa para entender a história da formação planetária." Ruobing Dong, também líder da equipa, concordou e acrescentou: "A imagem directa de planetas no processo de formação em discos protoplanetários seria o ideal, para que possamos aprender quando, onde e como os planetas são formados."

A equipa está consciente do desafio que o contraste entre os planetas muito ténues e as suas estrelas-mãe. Além disso, a elevada actividade e variabilidade da luz de estrelas jovens torna as observações ainda mais difíceis. A detecção de planetas gigantes é mais fácil, porque causa mais perturbações gravitacionais nos discos. Dado que os planetas gigantes criam espaços mais amplos nos discos, as suas estruturas induzidas são mais fáceis de observar. "O estudo SEEDS de sistemas como PDS 70, com uma lacuna gigante que pode ter sido esculpida por vários planetas gigantes, abre um caminho promissor para estudar directamente a formação planetária em discos," concluiu Ruobing.

Fonte: http://www.ccvalg.pt

A evolução das galáxias vermelhas




Astrônomos da Universidade de Tóquio e do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ) descobriram galáxias formadoras de estrelas que aparecem paradoxalmente em vermelho em um aglomerado de galáxias. Na imagem os quadrados vermelhos mostram as posições das galáxias vermelhas, enquanto os pontos azuis mostram as galáxias emissoras de H-alfa (hidrogênio-alfa). As galáxias vermelhas evitam a região central do aglomerado e concentram-se em pequenos grupos localizados longe dele. Usando o telescópio Subaru no cume do Mauna Kea, no Havaí, a equipe produziu resultados que indicaram como galáxias vermelhas que estão numa fase de transição de uma geração mais jovem de estrelas, possivelmente demonstrando a evolução de galáxias no ambiente circundante num aglomerado de galáxias. Normalmente, quando a cor total de uma galáxia é vermelho, a maioria de sua população é de estrelas vermelhas, ou seja, estrelas mais velhas. A formação do aglomerado de galáxias ocorreu há cerca de dez bilhões de anos atrás, com as galáxias se reunindo devido a interação gravitacional. Em uma tentativa de responder como os padrões de formação das galáxias se estabelecem e evoluem, a equipe de pesquisa liderada pelo Dr. Yusei Koyama usou o Subaru Camera Prime Focus para fazer uma observação panorâmica do aglomerado de galáxias CL0939+4713, localizado a quatro bilhão luz anos de distância da Terra. Cuidadosamente comparando fotos tiradas com e sem um filtro que pode detectar a linha de H-alfa emitida por átomos de hidrogênio ionizado pela luz ultravioleta das estrelas recém-nascidas, a equipe identificou mais de 400 galáxias no aglomerado que apresentavam um excesso de H-alfa, quando observadas com um filtro. Surpreendentemente, eles descobriram um grande número dessas galáxias formadoras de estrelas vermelhas. As emissões de H-alfa indicam que as galáxias vermelhas estão formando novas estrelas. "A cor vermelha pode ser devido à abundância de poeira, e não por idade das populações estelares", diz Hayashi. Os pesquisadores acreditam que a forte gravidade vai desempenhar o seu papel na atração de grupos de galáxias CL0939 e CL4713 levando-os a se fundir, evidenciando assim que as propriedades de galáxias pode mudar em ambientes esparsos antes da sua fusão. Além disso, foi observado que o número de galáxias mais antigas, sem formação estelar, parece ser cada vez maior nos locais onde as galáxias vermelhas são abundantes. Estes resultados marcam o início da investigação destas galáxias vermelhas.
Fonte: http://iopscience.iop.org/0004-637X
data: 2011

Um encontro de galáxias

Esta nova imagem obtida com o VLT Survey Telescope (VST) mostra uma enorme variedade de galáxias em interação no jovem enxame de galáxias de Hércules. Créditos: ESO/INAF-VST/OmegaCAM. Acknowledgement: OmegaCen/Astro-WISE/Kapteyn Institute

O VLT Survey Telescope (VST), instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, obteve imagens de um conjunto de galáxias em interação no enxame de galáxias de Hércules. A nitidez da nova imagem e as centenas de galáxias obtidas com grande detalhe em menos de três horas de observação, mostram bem a grande capacidade do VST, e da sua enorme câmara OmegaCAM, para explorar o Universo próximo. O enxame de galáxias de Hércules (também conhecido como Abell 2151) situa-se a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância na constelação de Hércules. Este enxame é claramente diferente de outras associações de galáxias próximas. Para além de apresentar uma forma bastante irregular, o enxame contém uma grande variedade de tipos de galáxias, em particular galáxias espirais jovens que se encontram a formar estrelas, não se observando nenhuma galáxia elíptica gigante. A nova imagem foi tirada com o VST, o mais recente telescópio instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile (eso1119). O VST é um telescópio de rastreio, equipado com uma câmara de 268 milhões de pixels, a OmegaCAM, que captura imagens de grandes áreas do céu.

Estes detalhes retirados da nova imagem do jovem enxame de galáxias de Hércules, obtida com o VLT Survey Telescope (VST) e a câmara OmegaCAM, mostram uma grande variedade de galáxias em interação. As numerosas interações e o grande número de galáxias espirais ricas em gás que se encontram a formar estrelas, fazem com que os membros do enxame de Hércules se pareçam com as galáxias jovens situadas no Universo mais distante.Créditos:ESO/INAF-VST/OmegaCAM. Acknowledgement: OmegaCen/Astro-WISE/Kapteyn Institute




Normalmente, apenas pequenos telescópios conseguem obter imagens de objetos tão grandes como este duma única vez, mas o VST de 2.6 metros não só possui um grande campo, como também tira todas as vantagens das excelentes condições de observação do Paranal, conseguindo assim obter muito rapidamente imagens que são simultaneamente muito nítidas e muito profundas. Por toda a imagem podemos observar pares de galáxias aproximando-se muito umas das outras. Este processo originará a fusão das galáxias numa só galáxia maior. As numerosas interações e o grande número de galáxias em espiral ricas em gás que se encontram a formar estrelas, fazem com que os membros do enxame de galáxias de Hércules se pareçam com as galáxias jovens do Universo mais longínquo. Devido a esta semelhança, os astrónomos pensam que este enxame de galáxias é um enxame relativamente jovem. Trata-se dum emaranhado de galáxias, vibrante e dinâmico que, no futuro, se assemelhará aos enxames de galáxias mais velhos, típicos da nossa vizinhança galáctica. Os enxames de galáxias formam-se quando pequenos grupos de galáxias se juntam devido à força da gravidade. À medida que estes grupos se aproximam uns dos outros, o enxame torna-se mais compacto e de forma mais esférica. Ao mesmo tempo, as próprias galáxias aproximam-se entre si e começam a interagir. Mesmo que inicialmente as galáxias espirais predominem nestes grupos, as colisões galácticas levam a eventuais distorções das suas estruturas espirais e ao arrancamento de gás e poeira, o que trava a formação estelar. Por isso, a maioria das galáxias num enxame mais evoluído são elípticas ou irregulares. Uma ou duas galáxias elípticas gigantes, formadas a partir da fusão de várias galáxias mais pequenas e permeadas de estrelas velhas, costumam encontrar-se no centro destes enxames velhos.

Este mapa mostra a localização do enxame de galáxias de Hércules, na constelação de Hércules. O mapa mostra as estrelas visíveis a olho nu sob boas condições. A localização do enxame está indicada por um círculo vermelho. Apenas algumas das galáxias do enxame podem ser observadas por um telescópio amador de grandes dimensões como manchas muito ténues.Créditos:ESO


Pensa-se que o enxame de galáxias de Hércules é uma coleção de, pelo menos, três enxames ou grupos de galáxias mais pequenos, que se encontram neste momento a formar uma estrutura maior. Mais ainda, o próprio enxame está em fusão com outros enxames grandes, o que irá dar origem a um super-enxame de galáxias. Estas gigantescas coleções de enxames são algumas das maiores estruturas do Universo. O grande campo de visão e a qualidade de imagem da OmegaCAM, montada no VST, tornam este instrumento ideal no estudo das regiões periféricas dos enxames de galáxias, onde interações entre os enxames, interações essas que ainda não são bem compreendidas, se estão a processar. Esta imagem mostra não apenas as galáxias do enxame de galáxias de Hércules, mas também muitos objetos ténues e difusos no campo de fundo, que são galáxias muito mais afastadas. Em primeiro plano e muito mais próximo de nós, podem ver-se várias estrelas brilhantes da Via Láctea, observando-se igualmente alguns asteroides através dos curtos rastos que deixaram na imagem à medida que se deslocaram lentamente ao longo desta durante as exposições.

Fonte: http://www.eso.org/public/portugal/news/eso1211/

M57: A Nebulosa do Anel


Crédito: Dados da Imagem Compostos - Subaru Telescope (NAOJ), Hubble Legado Arquivo;
Processamento de imagem e adicional - Robert Gendler

Exceto pelos anéis de Saturno, a Nebulosa do Anel, também conhecida como M57 é provavelmente o mais famoso objeto celeste com esse tipo de estrutura. Sua clássica aparência é entendida como sendo devido à nossa perspectiva, ou seja, nós na Terra, estamos olhando diretamente para o centro de uma nuvem de gás brilhante em forma de barril. Mas estruturas expansivas podem também serem vistas além da região central da Nebulosa do Anel nessa intrigante imagem composta com dados do Telescópio Espacial Hubble e do Telescópio Subaru. Logicamente que nesse muito bem estudado exemplo de uma nebulosa planetária, o material brilhante que observamos nada tem a ver com planetas. Ao invés disso o escudo de gás representa as camadas externas expelidas por uma estrela moribunda, que em algum momento de sua vida foi parecida com o Sol e que se localiza no centro da nebulosa. A intensa radiação ultravioleta emitida da quente estrela central, ioniza os átomos no gás. Os átomos de oxigênio ionizados produzem o característico brilho esverdeado e o hidrogênio ionizado se apresenta como a proeminente emissão avermelhada. O anel central da Nebulosa do Anel tem aproximadamente um ano-luz de diâmetro e está localizado a 2000 anos-luz de distância da Terra. Para observar essa bela nebulosa planetária mire seu instrumento para a constelação do céu do norte, de Lyra.
Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap120420.html / Astronomia e Universo

NASA divulga imagem de erupção solar feita com luz ultravioleta extrema




Fenômeno ocorreu no último dia 16, mas imagem foi divulgada nesta terça. Segundo a agência, nuvens de partículas não devem atingir a Terra.
Do G1, em São Paulo

Imagem divulgada pela agência espacial americana, a Nasa, nesta terça-feira (20) mostra erupção do Sol registrada no último dia 16. De acordo com a agência, duas explosões solares foram registradas na última sexta-feira, com intervalo de quatro horas entre cada uma. O fenômeno foi registrado com o auxílio de luz ultravioleta extrema. Ainda de acordo com a Nasa, as nuvens de partículas solares não devem atingir a Terra.

(Foto: Nasa/Reuters)

Agência brasileira lança passeio no espaço por US$ 107 mil

Concepção artística mostra a nave Lynx
Foto: AFP


Uma operadora brasileira de turismo começou a oferecer nesta semana viagens ao espaço em parceria com a holandesa Space Expedition Curaçao (SXC), que já vende este pacote em países como Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Reino Unido.
"Destinos Especiais e Espaciais" é o nome do pacote que a agência de viagens Sanchat Tour, com sede em São Paulo, começou a oferecer pela internet a um preço de US$ 107 mil por uma viagem de 60 minutos a bordo da nave espacial Lynx.
A primeira decolagem comercial da Lynx, projetada pela empresa americana XCor Aerospace e com capacidade para duas pessoas, o piloto e o turista, está prevista para março de 2014.
Fontes da Sanchat Tour disseram nesta quarta-feira à agência Efe que o pacote foi lançado oficialmente ontem e que já há alguns turistas interessados. Segundo algumas versões, cinco brasileiros já compraram sua passagem para o espaço.
O presidente da SXC, Reinhard Spronk, explicou na apresentação em São Paulo que o Lynx decola como um avião convencional de qualquer aeroporto e que, já no ar, se posiciona com uma inclinação a 90 graus para alcançar sua velocidade máxima e sair da atmosfera terrestre.
Uma vez no espaço, a aeronave flutuará em gravidade zero durante cinco minutos a uma altura de 100 km e depois planará em círculos até retornar a seu ponto de partida, que inicialmente é a base aérea da ilha caribenha de Curaçao.
A empresa holandesa planeja realizar quatro voos diários para atender a demanda de turistas espaciais no mundo todo. Segundo a Sanchat Tour, para fazer a viagem o turista espacial deverá demonstrar com um exame médico que está em perfeitas condições de saúde e realizar um treinamento prévio.
"Esperamos ter muitos clientes brasileiros porque sabemos que são muito aventureiros e gostam de velocidade", declarou Ben Droste, um dos fundadores da SXC na apresentação do projeto em São Paulo.
Os pacotes oferecidos pela agência brasileira incluem a aventura no espaço, o treinamento, a viagem e a hospedagem em Curaçao. A empresa americana Virgin Galactic também oferece viagens espaciais, neste caso a bordo da cápsula SpaceShipTwo, mas até agora nenhum turista viajou.

Fonte:EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Telescópio detecta aglomerado de galáxias ligado por ponte de gás

Os astrônomos detectaram um filamento de gás que liga os dois clusters de galáxias Abell 399 e Abell 401


A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) confirmou nesta terça-feira que o telescópio espacial Planck descobriu pela primeira vez de forma conclusiva uma "ponte" de gás quente que liga um par de aglomerados de galáxias.
Os astrônomos detectaram um filamento de gás que liga os dois aglomerados de galáxias Abell 399 e Abell 401, a mais de 10 milhões de anos-luz, a uma temperatura de 80 milhões de graus Celsius. O satélite Planck foi lançado em 2009 para analisar a luz fóssil que o Big Bang produziu há mais de 13 bilhões de anos.
Seus resultados confirmam dados precedentes do satélite de observação de raios-X XMM-Newton da ESA, que sugeriam a presença de gás quente, não só dentro dos aglomerados de galáxias, mas também entre eles. O sinal não era então suficiente para concluir que houve uma verdadeira detecção.
Os resultados do Planck se baseiam na observação da marca característica deixada pelo gás quente na luz fóssil, um fenômeno conhecido como "efeito Sunyaev-Zel'dovich", nome de um de seus descobridores.
Este efeito já foi usado pelo Planck para detectar os próprios clusters de galáxias, mas fornece ainda um meio de detectar filamentos frágeis de gás que poderiam conectar aglomerados entre eles.
No Universo primordial, filamentos de matéria gasosa teriam invadido o cosmos em uma tela gigante, com aglomerados que se formavam nos nós mais densos.
Grande parte deste gás não foi detectada ainda, mas os astrônomos pensam que podem encontrá-lo entre aglomerados de galáxias em interação, onde os filamentos estão comprimidos e aquecidos, fazendo com que sejam mais fáceis de detectar.

Astrônomos descobrem planeta 13 vezes maior que Júpiter

Astrônomos descobriram recentemente a fotografia rara de um grande "mundo alienígena". Chamado de Kappa Andromedae b, o planeta teria 13 vezes mais massa do que Júpiter e, consequentemente, seria muito maior do que qualquer outro planeta do nosso sistema solar.
De acordo com o Huffington Post, o planeta gasoso, classificado como "super Júpiter", orbita em torno da estrela Kappa Andromedae a 170 anos-luz da Terra. Segundo o site, existem mais de 850 planetas conhecidos fora do sistema solar, mesmo que possam existir bilhões de astros solitários na nossa galáxia. Dos que são conhecidos, porém, apenas uma pequena fração foi diretamente fotografada.
A foto do planeta foi registrada através do telescópio japonês Subaru, no Hawaii, por Joseph Carson, do Instituto de Astronomia da Faculdade de Charleston e Max Planck, na Alemanha. Normalmente, é muito difícil fotografar "mundos alienígenas", pois, segundo especialistas, eles se tornam "extra brilhantes" por causa de suas estrelas vizinhas.
Neste caso, os astrônomos conseguiram "esconder" a luz extremamente clara do sol e, usando uma luz infravermelha, avistaram o planeta com a ajuda de um software. O planeta orbita em torno de uma estrela muito jovem, provavelmente com 30 milhões de anos de idade. Especialistas acreditam que o planeta é formado de um disco "protoplanetário" de gás e poeira, que são coletados em volta das estrelas logo após suas formações

Fonte: Terra

Vida alienígena será descoberta em 20 anos, diz astrônomo

O astrônomo americano Edwin Bergin afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada neste sábado, que os primeiros indícios concretos de vida fora da Terra serão encontrados nos próximos 20 anos. Para ele, o desenvolvimento de novas tecnologias para telescópios possibilitará detectar a presença de água e ozônio em planetas distantes.
"Acredito que nós estamos próximos de inferir a possível presença de vida", afirmou o professor da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. De acordo com Bergin, o estudo de seres que vivem em ambientes inóspitos da Terra dá "esperanças" de que a vida possa ser versátil também em outros planetas.

Fonte: Terra

Astrônomos descobrem galáxia mais distante no Universo

A MACS0647-JD nasceu 420 milhões de anos depois do Big Bang
Foto: Nasa/Divulgação


Astrônomos descobriram a galáxia mais distante já identificada no Universo, cuja luz viajou 13,3 bilhões anos para chegar à Terra, anunciou nesta sexta-feira o site do Telescópio Espacial Hubble.
Batizada de "MACS0647-JD", a decana das galáxias nasceu 420 milhões de anos depois do Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo, quando nosso Universo tinha apenas 3% de sua idade atual (13,7 bilhões de anos). Isto significa que a galáxia recém-descoberta teria nascido quando nosso Universo tinha apenas 3% de sua atual idade (13,7 bilhões de anos).
Esta descoberta só foi possível graças à combinação dos poderosos telescópios Spitzer e Hubble, indicou o comunicado. Ainda assim, os astrônomos teriam visto apenas fogo, se não tivessem recorrido ao zoom mais poderoso disponível, um fenômeno chamado de "lente gravitacional", proporcionado pelo espaço e que foi teorizado por Albert Einstein.
Há quase um século, Einstein previu em sua teoria da relatividade, que objetos de grande massa, como um conjunto de galáxias, teriam um campo gravitacional tão forte que conseguiram desviar os raios de luz. E, às vezes, esta deformação funciona como uma lupa gigante, ampliando a imagem percebida por um observador situado do outro lado.
Foi um telescópio cósmico deste tipo que permitiu detectar esta nova galáxia, segundo o comunicado, indicando que a luz da galáxia apareceu nos telescópios dos astrônomos com uma intensidade e brilho consideravelmente superior ao original. Sem o efeito dessa lupa cósmica, a MACS0647-JD, que é muito pequena, jamais teria sido detectada. "Sem essa amplificação, observar essa galáxia teria sido uma proeza hercúlea", enfatizou Marc Postman, um dos chefes da pesquisa.
A galáxia parece tão pequena nas imagens captadas que os cientistas acreditam que se trata das primeiras etapas de formação de uma galáxia. Segundo as primeiras observações, seu diâmetro é de apenas 600 anos-luz, o que não é quase nada comparado com o diâmetro da Via Láctea, que é de 150 mil anos-luz.
"Este objeto pode ser um dos muitos blocos de construção de uma galáxia", explicou o cientista Dan Coe, do Space Telescope Science Institute e autor principal do estudo sobre esta descoberta, que será publicada em dezembro, no The Astrophysical Journal.